Segundo os resultados dos 'Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores' do Instituto Nacional de Estatística (INE), "o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e fevereiro, interrompendo o perfil negativo dos três meses anteriores, que culminou, em novembro, no valor mais baixo desde abril de 2020 no início da pandemia".

Quanto ao indicador de clima económico, "aumentou em janeiro e fevereiro, invertendo o movimento descendente iniciado em março".

De acordo com o INE, a evolução do indicador de confiança dos consumidores em janeiro "resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar".

Em sentido contrário, as expectativas de evolução futura da realização de compras importantes registaram um contributo negativo.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou entre novembro e fevereiro, "de forma significativa no último mês, atingindo o valor mais elevado desde fevereiro de 2022".

Quanto ao saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar, "aumentou nos últimos quatro meses, após ter diminuído em setembro e outubro, tendo registado nestes dois meses os valores mais baixos desde o início da pandemia em abril de 2020".

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços "diminuiu em fevereiro, permanecendo abaixo do valor máximo da série registado em outubro, no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021".

Já o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços "aumentou em fevereiro, interrompendo a trajetória marcadamente descendente observada desde março de 2022, quando atingiu o valor máximo da série".

Também na indústria transformadora, a confiança aumentou em novembro e fevereiro, "mais intensamente no mês de referência", sendo esta evolução atribuída ao "contributo positivo de todas as componentes, perspetivas de produção, apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados e opiniões sobre a evolução da procura global".

De acordo com o INE, "o indicador de confiança aumentou em fevereiro em todos os agrupamentos: Bens de consumo, bens intermédios e bens de investimento.

O saldo das apreciações sobre a procura global aumentou em fevereiro, interrompendo o movimento descendente iniciado em maio, com as opiniões relativas à procura interna a agravarem-se, após terem recuperado entre novembro e janeiro, enquanto as apreciações relativas à procura externa recuperaram em janeiro e fevereiro.

O saldo das expectativas relativas aos preços de venda "diminuiu expressivamente nos últimos quatro meses, após ter aumentado em setembro e outubro, atingindo o valor mais baixo desde janeiro de 2021", detalhando o INE que este saldo diminuiu em todos os agrupamentos: Bens intermédios, bens de consumo e bens de investimento.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu em fevereiro, após ter aumentado em janeiro, numa evolução que "refletiu o contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas, uma vez que o saldo das perspetivas de emprego aumentou".

No setor do comércio, o indicador de confiança aumentou entre novembro e fevereiro, invertendo o movimento descendente observado entre julho e outubro, em resultado do contributo positivo de todas as componentes (opiniões sobre o volume de vendas, perspetivas de atividade da empresa e apreciações sobre o volume de 'stocks').

Em fevereiro, o indicador de confiança aumentou no comércio a retalho e no comércio por grosso.

Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança "aumentar em janeiro e, de forma expressiva, em fevereiro, recuperando para um nível acima do observado em julho".

"A evolução do indicador resultou dos contributos positivos de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e das perspetivas relativas à evolução da procura, de forma expressiva nos dois primeiros casos", detalha o INE.

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