
Segundo um relatório sobre os pagamentos assegurados nos primeiros três trimestres do ano passado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), o custo global com o transporte e estadia destes doentes em evacuações médicas entre as ilhas de Cabo Verde e para Portugal ascendeu, globalmente, a mais de 677,8 milhões de escudos (6,2 milhões de euros), um aumento de 19,2% face ao mesmo período de 2021.
Entre aquele total, apenas com a estadia de doentes enviados para tratamento em Portugal, o INPS - que gere as pensões e as contribuições sociais dos trabalhadores cabo-verdianos - gastou de janeiro a setembro de 2022 mais de 418,3 milhões de escudos (3,8 milhões de euros), quando nos mesmos meses de 2021 essa despesa rondou os 368,4 milhões de escudos (3,3 milhões de euros), traduzindo-se assim num aumento de 13,5%.
Cabo Verde pretende reduzir as necessidades de evacuações médicas para Portugal com a construção de um hospital nacional, na capital, obra orçada em 65 milhões de euros e que o Governo estima iniciar este ano.
De acordo com os últimos dados do INPS disponíveis, Cabo Verde enviou para tratamento em Portugal, em 2021, um total de 249 doentes, um aumento de 11,2% face a 2020, chegando a 31 de dezembro com 585 pacientes em tratamento nos hospitais portugueses.
Segundo o INPS, as especialidades "mais solicitadas" para as evacuações médicas para Portugal, ao abrigo dos acordos de cooperação bilateral, foram oncologia (26,3%), cardiologia (22,7%), neurocirurgia (15,1%) e oftalmologia (8,8%), áreas em que o arquipélago tem falta de recursos.
O custo com as evacuações médicas para Portugal suportadas pela segurança social cabo-verdiana caiu para 495 milhões de escudos (4,5 milhões de euros) em 2021, quando no ano anterior foi superior a 511 milhões de escudos (4,6 milhões de euros), segundo dados anteriormente divulgados pela Lusa.
PVJ // VM
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