
A bênção dos Cohanim é um ritual com mais de 2.500 anos, que remonta à época em que o Templo do Rei Salomão se erguia naquele local.
É realizada por judeus do sexo masculino que conseguem comprovar a sua linhagem a partir da casta sacerdotal, e ocorre três vezes por ano, durante as principais festividades judaicas. Atualmente, os judeus celebram a festa da Páscoa, que dura uma semana.
A oração foi liderada por vários dos principais rabinos do país, assim como por Eliya Cohen, um ex-refém libertado de Gaza em fevereiro, e por familiares de outros reféns que continuam detidos no enclave.
Após a bênção tradicional, os rabinos recitaram uma oração pelos 59 reféns que permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza.
Muitos dos fiéis referiram que a oração tem este ano um significado especial, tendo em conta a guerra em curso, que já dura há mais de 18 meses.
"É difícil para nós acreditar que ainda há reféns que não podem voltar a casa, estar aqui e juntar-se a nós", disse Shandey Fuchs, que afirmou que participa na cerimónia todos os anos, acrescentando esperar que a oração traga unidade e uma paz duradoura para todo o país.
A bênção é recitada em hebraico, enquanto os líderes religiosos cobrem a cabeça com xales de oração, criando um mar branco na Praça do Muro Ocidental.
Esta área pavimentada, em frente ao muro, é o último vestígio do Segundo Templo Judaico, destruído no século I.
Segundo a Fundação do Património do Muro Ocidental, entidade responsável pela gestão do local, mais de 200 mil pessoas visitaram o espaço durante a Páscoa judaica -- uma das três festividades nas quais, segundo a tradição, os judeus da antiguidade faziam peregrinações a Jerusalém.
JSD // APN
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