Segundo o BdP, as emissões de títulos de dívida excederam as amortizações em 2.400 milhões de euros.

O setor que mais contribuiu para este resultado foi o das empresas não financeiras, com as emissões a superarem as amortizações em 1.800 milhões de euros, seguindo-se as administrações públicas, com as emissões a superarem as amortizações em 1.300 milhões de euros.

Em sentido inverso, as empresas financeiras amortizaram mais títulos do que os emitidos, numa diferença de 500 milhões de euros.

Ainda segundo o Banco de Portugal, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes em Portugal aumentou para 489.700 milhões no final de março.

O banco central atribui a valorização ao aumento do valor das ações cotadas, no montante de 4.600 milhões de euros. Já o valor dos títulos emitidos por empresas não financeiras aumentou 7.200 milhões de euros (devido sobretudo à valorização das ações).

Quanto ao valor dos títulos emitidos por empresas financeiras, este diminuiu 300 milhões de euros, devido às amortizações de títulos de dívida.

O valor dos títulos das administrações públicas desceu de 3.000 milhões de euros, o que o Banco de Portugal atribui à desvalorização de 4.300 milhões de euros nos títulos de dívida pública.

O BdP disse ainda que, em março, 14,1% do montante dos títulos de dívida 'vivos' (que era, no total, de 304.900 milhões de euros) tinha amortização calendarizada para os 12 meses seguintes, ou seja, 43 mil milhões de euros.

As administrações públicas têm amortizações de 9.400 milhões de euros previstas para outubro de 2022. Já as empresas financeiras têm amortizações de 3.400 milhões de euros previstas para julho.

Já as empresas não financeiras tinham 4.600 milhões de euros de amortizações previstas para abril de 2022. Contudo, recorda o Banco de Portugal, que este valor correspondente sobretudo a papel comercial e que geralmente é renovado (ou seja, a amortização da dívida é acompanhada de nova emissão).

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