Ho encontra-se na capital chinesa até sábado para fazer um balanço do trabalho do Governo de Macau e a situação atual do território.

"O Chefe do Executivo referiu que a volatilidade da pandemia provocou impactos severos na economia de Macau, na vida e no emprego da sua população, e a macroeconomia de Macau está a enfrentar uma pressão significativa sem precedentes", lê-se num comunicado do Gabinete de Comunicação Social (GCS) do Governo da região.

Perante "uma conjuntura complexa e severa", indicou ainda Ho Iat Seng, a administração "tomou medidas imediatas para conter a propagação da epidemia, atenuar a queda da economia e aliviar as dificuldades da população".

Macau, que à semelhança do interior da China seguia a política de 'zero covid', apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, anunciou recentemente o alívio das medidas de prevenção e contenção.

A economia do território, fortemente dependente do setor do jogo e do turismo, ressentiu-se com as rigorosas regras impostas nos últimos anos.

"Sob o forte apoio do Governo Central e das diversas províncias e cidades do Interior da China, a economia de Macau começou a recuperar, de forma sucessiva e ordenada, atingindo novos progressos em diversas atividades", realçou ainda Ho, agradecendo "a atenção, orientação e o apoio do Presidente Xi ao desenvolvimento da RAEM [região administrativa especial de Macau]"

Para o futuro, Macau vai "seguir plenamente o espírito do 20.º Congresso" do Partido Comunista da China, revelou o líder da região.

Xi Jinping, por sua vez, disse na reunião, no Pavilhão Yingtai, em Zhongnanhai, sede do Governo chinês, que Ho tem levado a cabo a governação do território "de forma pragmática", promovendo a alteração da lei da salvaguarda da segurança nacional, a revisão da lei do jogo, o lançamento do novo concurso público para as licenças de jogo e a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

"O Governo central insistirá na plena prossecução, de forma precisa e inabalável, do [princípio]'um país, dois sistemas', apoiando a RAEM no desenvolvimento das suas vantagens e características, no sentido de criar uma nova conjuntura da implementação do princípio 'um país, dois sistemas' com características próprias de Macau, e de contribuir ainda mais para a criação de um país socialista forte e moderno", referiu a nota do GCS.

No dia anterior, num encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o Chefe do Governo de Macau prometeu implementar "o princípio fundamental" 'Macau, governado por patriotas', por forma a "salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento nacional".

Li Keqiang disse esperar que a administração de Ho possa "orientar os cidadãos de Macau na progressão", para que assim "ultrapassem os obstáculos, integrem melhor a grande conjuntura de desenvolvimento nacional, promovam ativamente a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, impulsionem o desenvolvimento diversificado e adequado da economia, para atingir novos e melhores resultados".

Ho Iat Seng referiu que a equipa governativa do Governo da RAEM "tem cumprido e executado, de forma ativa e com seriedade, as orientações traçadas pelo primeiro-ministro, na missão oficial do ano passado".

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