"A Política e Estratégia de Gestão de Deslocados Internos tem como objetivo geral reduzir e solucionar os problemas relativos aos deslocados internos através de ações apropriadas de prevenção, assistência e reinserção socioeconómica", declarou Filimão Suaze.

Aquele responsável falava momentos após a 27.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, na Presidência da República, em Maputo.

Segundo a fonte, o documento visa coordenar o apoio a pessoas deslocadas no país, aprimorando os mecanismos de articulação entre os diferentes atores sociais que procuram ajudar grupos nesta situação.

"A Política e Estratégia de Gestão de Deslocados aplica-se a pessoas ou grupo de pessoas que tenham sido forçadas a abandonar os locais de residência habitual para mitigar os efeitos adversos dos conflitos armados, situações de violência generalizada, violações de Direitos Humanos, desastres naturais", acrescentou o porta-voz do governo.

A política é aprovada num momento em que os ataques protagonizados por grupos terroristas na província de Cabo Delgado provocaram mais de 817 mil deslocados desde outubro de 2017, segundo as autoridades moçambicanas, havendo também mais de 3.100 mortes devido a violência, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Além da aprovação da Política e Estratégia de Gestão de Deslocados, na sessão de hoje o Conselho de Ministros de Moçambique apreciou o Plano Económico e o Social e Relatório de Execução do Orçamento do Estado do I Semestre de 2021.

"Apesar de fatores adversos, a estabilidade macroeconómica interna permitiu o aumento das Reservas Internas Líquidas (RIL) 6.0 meses de cobertura, contra 6.8 meses previstos no PES 2012, e a estabilidade da inflação, ao se situar, em média, em 4.16%, índice abaixo dos 5% previstos para o ano de 2021", declarou o porta-voz do Governo moçambicano.

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