
Ryosei Akazawa, negociador do Japão em matéria de direitos aduaneiros, declarou à imprensa japonesa, em Washington, durante a última ronda de negociações, que os dois países fizeram progressos no sentido de um potencial acordo em julho, mas sem entrar em detalhes.
Akazawa afirmou que Tóquio continua a exigir que Washington levante todos os direitos aduaneiros adicionais que aplicou às importações japonesas.
"Se isso for alcançado, talvez possamos chegar a um acordo, mas se não for, será difícil", disse o negociador-chefe japonês.
A última ronda de negociações comerciais entre os EUA e o Japão ocorreu horas antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar um aumento das tarifas sobre o aço de 25% para 50%, que entra em vigor na quarta-feira, 04 de junho. Trump indicou que este aumento também se aplica ao alumínio.
O líder republicano anunciou a atualização das taxas num comício que teve lugar numa fábrica da U.S. Steel em Pittsburgh, estado da Pensilvânia, e onde se concentrou em celebrar a aliança que deu luz verde a 23 de maio entre a siderúrgica japonesa Nippon Steel e a norte-americana U.S. Steel.
Trump manteve também uma conversa telefónica com o primeiro-ministro japonês na quinta-feira, tendo ambos manifestado vontade de avançar nas negociações comerciais.
Os dois líderes deverão realizar uma reunião bilateral à margem da cimeira do G7, grupo das nações mais industrializadas do mundo, entre 15 e 17 de junho no Canadá.
Durante as negociações, o Japão propôs aos EUA aumentar as importações de soja e milho norte-americanos e cooperar na revitalização da indústria de construção naval dos EUA, em troca do levantamento de todas as tarifas adicionais impostas por Trump.
As tarifas de Trump para o Japão ascendem a 24% para todas as importações em geral. Além disso, está contemplado um aumento de 25% nas tarifas específicas sobre veículos e peças de automóveis, um sector-chave para o Japão, que representa cerca de 30% do comércio com os Estados Unidos.
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