
"É em reuniões com os sindicais que nós muitas vezes ouvimos histórias de professores em regime de substituição, que poderiam ir terminar um determinado ano letivo porque uma professora engravidou e poderiam estar ali dois, três meses numa região, que se for turística, por exemplo, a partir de abril, maio, é impossível arranjar casa. As casas são muito caras", alertou Rui Tavares.
Rui Tavares falava aos jornalistas antes de uma reunião com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), na sede nacional do partido, em Lisboa.
O porta-voz do Livre salientou que o Ministério da Educação "tem infraestruturas" e "deve também, no diálogo com as restantes partes do governo, encontrar casas de função, apartamentos de função, para professores que consigam ter alojamento sem ter que dar para isso mais do que o salário que ganham".
O deputado considerou que esta é uma medida essencial não apenas para docentes mas também para profissionais como médicos ou polícias.
Para o partido é também importante que as escolas sejam "espaços de democracia", lamentando que nos últimos anos tenha existido "uma tendência demasiado acentuada para concentrar os poderes na figura do diretor".
Tavares destacou ainda uma das novidades do programa eleitoral do Livre que é a criação de um programa de "Escolas Solares Vivas", equipando edifícios escolares com painéis fotovoltaicos e promovendo comunidades de energia que tornem as escolas espaços energéticos positivos, capazes de partilhar excedentes com projetos do bairro.
O porta-voz do Livre salientou que a instalação de painéis solares pode ser "um bom pretexto" para a renovação dos edifícios de várias escolas, tecendo também laços entre "a comunidade e a escola e o bairro à sua volta, a vila à sua volta, a cidade à sua volta".
Na opinião de Rui Tavares, é necessário que o país tenha "um futuro Ministério da Educação que tenha este gosto, e este prazer de juntar as várias peças do puzzle" de forma a "trazer de volta "o gosto por ser professor".
"Isso é absolutamente essencial, porque senão Portugal, depois de tanto esforço, vai estar outra vez a perder caminho e território", avisou.
ARL //SF
Lusa/Fim
Comentários