Conforme noticiado pela Petrobras em nota à imprensa, o Conselho de Administração já deu sinal verde para a venda, que está sujeita ao cumprimento de uma série de condicionantes, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Económica (Cade).

A operação está avaliada em 585 milhões de reais, a serem pagos no fim da transação, com depósito de 5% (29,25 milhões de reais, cerca de 5,6 milhões de euros) no ato da assinatura do contrato, valor que será deduzido do total final.

O anúncio da Petrobras coincide com a estratégia de desinvestimentos implementada pela empresa brasileira e visa otimizar o seu portefólio e melhorar a alocação de capital, com o objetivo de gerar valor para os seus acionistas.

Em dezembro de 1999, a divisão química da Cepsa adquiriu 72% da Deten Química, localizada na cidade de Camaçari, permanecendo o restante dos ativos com a Petrobras.

A Deten Química produz alquilbenzeno linear (LAB), principal matéria-prima utilizada em detergentes biodegradáveis, ácido alquilbenzeno sulfónico linear (LABSA) e alquilato pesado (HAB).

Em abril de 2017, a Cepsa Química concluiu o projeto de ampliação da produção da fábrica de Deten, processo que permitiu aumentar a capacidade produtiva da LAB para 260.000 toneladas.

Cerca de 80% da energia utilizada pela instalação vem de fontes renováveis.

Com esta operação, a Cepsa Química reforça a sua aposta na sustentabilidade. Esta divisão conta com mais de 1.000 funcionários e possui fábricas em seis países ao redor do mundo (Espanha, Alemanha, Brasil, Canadá, China e Indonésia).

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