"Ao Ministério da Saúde e também o da Indústria e Comércio cabe o papel de incentivar investimentos que estimulem a produção de medicamentos, de vacinas e outros produtos hospitalares devidamente certificados pela OMS [Organização Mundial da Saúde] dentro do nosso país", disse Filipe Nyusi, durante a inauguração do Hospital Provincial de Lichinga, no Niassa, norte de Moçambique.

O chefe de Estado afirmou querer libertar Moçambique das importações e reduzir o nível de "dependência externa, sobretudo em tempos de carência" de medicamentos, referiu, fazendo menção à altura da vacinação contra o novo coronavírus.

Segundo o Presidente, aquando da covid-19 os países produtores das vacinas priorizavam os seus povos e depois "davam os restos" a Moçambique, havendo também casos em que ofereciam vacinas com prazo de validade a expirar em poucas semanas.

"Eu cheguei a recusar algumas vacinas. Há um país que me deu muitas vacinas, mas só faltavam três semanas para as vacinas estarem fora do prazo", frisou Nyusi, reiterando a necessidade de se produzirem vacinas e outros medicamentos no país.

O chefe de Estado quer que Moçambique deixe de ser "um país muito consumidor" e passe para "produtor e quiçá um exportador de produtos diversificados, incluindo [material] médico", concluiu.

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