
"Vai haver voo direto Buenos Aires-Telavive. Será anunciado por Javier Milei na sua próxima visita a Israel. Uma honra e um orgulho fazer parte deste Governo", escreveu Wahnish na rede social X.
Em declarações à Rádio Mitre, da Argentina, o diplomata adiantou que a visita do chefe de Estado decorrerá entre os dias 10 e 12 de junho e incluirá um discurso na Knesset (Parlamento), um gesto pouco comum nas deslocações de líderes estrangeiros a Israel.
Durante a visita, o presidente argentino, de extrema-direita, receberá o Prémio Génesis, conhecido como o 'Nobel Judaico', e assinará com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, um "memorando de liberdade e democracia para combater o terrorismo e o antissemitismo".
Milei dará ainda uma conferência sobre política económica na Universidade Hebraica de Jerusalém e formalizará o anúncio da nova ligação aérea direta entre a capital argentina e Telavive.
Segundo Wahnish, o voo será operado pela companhia aérea estatal israelita El Al e contará com apoio financeiro do Governo de Netanyahu.
A ligação terá uma duração estimada entre 15 e 16 horas e representará "um antes e um depois" nas relações bilaterais, que sairão reforçadas "a nível económico, turístico e cultural", acrescentou o embaixador.
Esta será a segunda viagem de Milei a Israel desde que assumiu funções, em dezembro de 2023, depois de uma primeira visita oficial, em fevereiro deste ano, durante a qual reiterou a promessa, ainda por cumprir, de transferir a embaixada argentina para Jerusalém.
Desde antes de tomar posse, Milei tem-se afirmado como um aliado incondicional de Israel que, juntamente com os Estados Unidos, apontou como um dos seus principais parceiros na política externa.
A visita a Israel fará parte de uma digressão internacional que incluirá também uma paragem em Roma, onde Milei deverá encontrar-se pela primeira vez com o papa Leão XIV, segundo a imprensa argentina.
Posteriormente, deslocar-se-á a Nice, França, para participar na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos e reunir-se com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
SYL // RBF
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