A taxa calculada mensalmente pela AMB e Banco de Moçambique (BM) tem por base um indexante único (calculado pelo banco central) que subiu de 17,2% para 17,3% e um prémio de custo de 5,3% (definido pela AMB), que se mantém inalterado.

Os aumentos da 'prime rate' têm estado associados à subida da taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da 'prime rate') pelo banco central, por forma a controlar a inflação.

No entanto, o Comité de Política Monetária (CPMO) sinalizou na reunião de quarta-feira uma nova orientação, ao decidir manter a taxa MIMO inalterada, em vez de a subir, considerando que há sinais de abrandamento da inflação.

Em outubro, "a inflação anual que comporta as cidades de Maputo, Beira e Nampula desacelerou para 11,08%, após 12,01% em setembro", destacou o órgão.

A criação da 'prime rate' foi acordada em 2017 entre o banco central e a AMB para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.

Na altura, foi lançada com um valor de 27,75% e está 515 pontos base abaixo desde então.

O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, "acrescida de uma margem ('spread'), que será adicionada ou subtraída à 'prime rate' mediante a análise de risco" de cada contrato, explicam os promotores.

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