A associação promoveu hoje uma conferência de imprensa de imprensa e uma concentração de cerca de duas dezenas polícias que prestam serviço no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para falar das condições precárias de trabalho e por, devido à reestruturação em curso do SEF, estar a desempenhar as mesmas funções dos inspetores daquele organismo, mas a receber metade.

De acordo com o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, a situação precária que se vive no aeroporto de Lisboa e nos restantes do país tem tendência a agravar-se com o aumento de tráfego e a chegada do turismo de verão e da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza de 01 a 06 de agosto, com a presença do Papa Francisco.

"A PSP está sem capacidade de resposta nas esquadras dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro porque grande parte do efetivo policial ou está em formação no SEF ou a fazer reforço ao SEF", explicou o dirigente sindical.

A ASPP/PSP sublinha que o movimento de passageiros nos aeroportos nacionais, baseado em dados do Instituto Nacional de Estatística, atingiu o recorde de 12,87 milhões no primeiro trimestre deste ano, mais 54,3% do que no mesmo período de 2022, sublinhando que no próximo trimestre o volume de passageiros promete aumentar.

Para Paulo Santos, a iniciativa de luta de hoje serviu para dar a conhecer aquilo que são as realidades dos aeroportos portugueses, que a ASPP /PSP tem denunciado várias vezes e que o Ministério da Administração Interna "tem ignorado completamente".

"Temos que perceber o que é que se passa nos aeroportos, que é algo que acho que o senhor ministro não sabe. Estamos a falar ao nível do efetivo, das condições estruturais de trabalho dos profissionais da PSP e daquilo que se irá apresentar em breve, que serão os fluxos turísticos que vão acontecer pela altura do verão e da Jornada Mundial da Juventude", vincou.

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