Jesus, seguindo a sua linha de pensamento, apresentou a melhor equipa frente ao Gil-Vicente. Jesus inicialmente disse que a prioridade é o campeonato, embora recentemente afirmasse que a prioridade é vencer todas as provas onde o Benfica está integrado. Porém, o primeiro objetivo continua convicto na mente do treinador, já que ao contrário das outras competições, no campeonato não faz poupanças.

Este encontro entre águias e galitos foi a “cereja no topo do bolo”. O esclarecido e brilhante futebol do Benfica regressou aos estádios. Os laterais voltaram a desenvolver e combinar perfeitas jogadas com os médios alas das quais saíram dois golos concluídos pelos beques. Maxi e Melgarejo.

Ola John neste momento mostra ser o jogador mais esclarecido do Benfica, raramente perde a bola, tem uma visão de jogo invejável. Cada passe que realiza leva o rótulo de golo.

Matic e Enzo no corredor central jogaram lado a lado e não um à frente e outro mais atrás. Desta forma o Benfica fica menos vulnerável defensivamente. Ambos dividiram equitativamente a distribuição de jogo pelos três corredores. Enzo foi preponderante no passe para o primeiro golo. Cardozo e Lima ocuparam quase sempre a zona central, o brasileiro talvez por não ser necessário não se movimentou para outras zonas.

Cardozo parece que não está em campo, mas anda sempre por ali na expetativa de marcar. Porém, ontem ficou em branco, embora pudesse ter marcado por duas vezes.

A estratégia de ontem pareceu antecipar o jogo de quinta-feira. Alguns sincronismos que perante o Gil ficaram por fazer, leva-me a desconfiar que algumas nuances do jogo foram para francês ver. Outras, como foi o caso de duas jogadas de jogo direto que isolaram Ola John e Sálvio, serão uma parte do ensaio para Bordéus.

Jesus tem um dilema: deseja vencer o campeonato, mas por outro lado não descura a possibilidade de continuar na Liga Europa. Como no jogo de ontem o Benfica não desperdiçou muitas energias, ao não ter necessidade de imprimir muita velocidade as águias voaram e planaram numa velocidade de cruzeiro. Aliás bastou-lhe temporizar inteligentemente a posse de bola para golear.

Dado que o esforço despendido foi “insignificante”, manterá Jesus esta melhor equipa para defrontar e ultrapassar o Bordéus? Ou apostará numa gestão de poupança suficiente não só com capacidade para afastar os gauleses como também lhe dê a garantia de apresentar uma competitiva prestação no próximo e difícil jogo que vai disputar em Guimarães?

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