Sporting e Benfica jogaram ontem para a Liga Portuguesa, contra Desportivo de Chaves e Boavista respetivamente. Em vésperas de Carnaval, não houve direito a qualquer surpresa de última hora, prevalecendo a lei do mais forte.
Em Trás-os-Montes o Sporting venceu o Desportivo de Chaves por três bolas a duas. Olhando para o resultado, pode até parecer ter sido um jogo equilibrado, mas só o foi porque o Sporting no lugar de pontas de lança, insiste em colocar mecos. A sorte do Sporting é que Pote, tinha as "Chaves" para a vitória.
Paulinho, sabemos que é bom a enterrar, mas no meio de tanto buraco, lá cavou uma grande penalidade para o Sporting, que Pote converteu, colocando o Sporting em vantagem. Paulinho ainda conseguiu demonstrar a Bryan Ruiz, de que, frente ao Benfica, em 2016, não tinha necessidade de enviar a bola para a bancada, facilmente poderia ter acertado na trave, como ele, ontem com qualidade, o demonstrou.
Caso os golos anulados por fora de jogo contassem para o ranking, o Paulinho era, nesta fase da época, candidato à Bota de Ouro. Chega de bater no ceguinho, perdão, no Paulinho.
Falemos de Chermiti. A nova coqueluche do leão, acabou por entrar e demonstrar que o Paulinho, afinal de contas, não é assim tão mau.
Falhou um golo na cara de Moura Nascimento e falhou uma grande penalidade. Pote, que cedeu a marcação da grande penalidade, deve-se ter sentido como Durão Barroso, em 2004, quando ofereceu o Governo a Santana Lopes.
Foi como colocar um Ovo Fabergé nas mãos de um epilético.
Saltemos de Chaves para Lisboa, onde o Benfica recebeu e venceu o Boavista por três bolas a uma.
Neste caso, o resultado, ao contrário do jogo do Sporting, aparentemente parece mais fácil para o Benfica, mas não o foi.
O Boavista foi à Luz disposto a pregar uma partida de Carnaval e quase o conseguiu.
Petit montou um xadrez desafiante e obrigou Schmidt, durante a primeira parte a encarnar Kasparov e a imaginar como faria xeque-mate àquele jogo.
O jogo de ontem poderia ter tido outros números, mas o Benfica apanhou pela frente um inspirado Bracali.
O brasileiro, que aos 41 anos, depois de uma longa carreira, poderia já estar em Copacabana, de caipirinha na mão, a aproveitar o Carnaval, decidiu ontem aparecer na Luz vestido de Gandalf.
Calma, não estou a afirmar que o homem aos 41 anos esteja com o ar acabado do famoso feiticeiro. Chamei-lhe de Gandalf, pois negou tantas vezes o golo ao Benfica, que a determinado momento, estava na minha sala de estar, numa véspera de Natal, a ver Gandalf em frente ao Barlog gritando "You shall not pass".
Gonçalo Ramos acabou por desequilibrar o jogo ao marcar um grande golo já perto do final, mas eu não percebi os festejos.
O Gonçalo correu para um dos cantos do. relvado, a apontar para o braço.
Será que nos queria dizer, que fez aquela jogada, porque estava dopado ou para nos dizer, que o pé que marcou o golo bate tão bem como aquele braço?
Fica a dúvida a que só ele poderá responder.
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