Hoje vou abordar um tema polémico, a arbitragem. Infelizmente em Portugal a discussão prioritária sobre o futebol é a crítica contínua às atuações os árbitros. Mal é conhecida a nomeação dos árbitros de imediato começa a suspeição.

Os árbitros têm uma vida difícil. São os mal-amados do futebol. Os seus nomes andam na boca dos fanáticos adeptos, dos dirigentes e até dos treinadores e as palavras proferidas em nada abonam a sua idoneidade. Eles são o bode expiatório das derrotas e das más exibições das equipas.

O árbitro é um ser humano e, tal como qualquer um de nós, erra. Premeditadamente? É possível. A corrupção existe em qualquer atividade e a história comprova que num passado recente alguns árbitros foram desonestos. O caso “Apito Dourado” confirma isso mesmo.

Penso que foi uma péssima exceção à regra, dado que acredito na honestidade da grande maioria dos árbitros. Aliás a sua atual remuneração dá-lhes uma independência financeira. Embora a integridade não tenha preço, mas a estabilidade sempre trava a tendência de mentes desviantes.

O futebol, como se sab,e é de todos os desportos, o mais conservador. Desde 1863 só sofreu três alterações nas regras do jogo. A lei do fora de jogo que foi alterada em 1925 na qual o jogador está fora de jogo se não tiver entre si e a linha de baliza dois adversários, anteriormente teria de ter três.

Também as substituições durante o jogo foram permitidas e a lei da proibição do guarda-redes agarrar a bola depois de um atraso com os pés por parte de um colega foi permitida. Esta lei é de autoria do treinador português Carlos Silva.

A maior alteração no futebol é a de hoje ser cada vez menos desporto e cada vez mais negócio. O que se mantem inalterável é a paixão, (por vezes doentia) dos adeptos.

Giram milhões à volta do futebol, os interesses são imensos. Os grandes beneficiados deste mercantilismo, para além das entidades máximas UEFA e FIFA, são as televisões, os empresários, as apostas, a política, os jogadores e os treinadores de top. Enquanto, paradoxalmente as empresas, leia-se clubes, estão falidos.

Os desinteressados destes lucros fabulosos são os adeptos, os quais pagam os seus bilhetes, eles merecem ser respeitados e exigem honestidade nas decisões dos árbitros.

Os árbitros com as novas tecnologias ficavam ilibados dos erros involuntariamente cometidos. Contudo, como este é um tema discutível, gostaria de lançar a réplica aos leitores para responderem explanando a vossa opinião.

Se estão de acordo com os sensores e microchips para esclarecimento se a bola entrou ou não. Ou se concordam com a versão utilizada no Rugby, a qual após solicitação do árbitro esclarece-se a jogada num placar gigante. Se as paragens de jogo desvirtuam o jogo. Se é ou não grande penalidade, se a falta é fora ou dentro da área, se está em fora de jogo, se a bola foi desviada com a mão ou braço, se a falta é passível de cartão amarelo, ou vermelho.

Será que as novas tecnologias seriam um grande aliado dos árbitros, para evitar que durante o jogo hesitassem várias vezes na decisão a tomar? Será que os árbitros perdem a sua autonomia? Se são eles que em caso de dúvida solicitam ajuda? O árbitro de futebol é o único juiz que iliba os prevaricadores das leis.

As decisões erradas penalizam as equipa não só desportivamente como monetariamente. Caricato é os árbitros, afirmarem a posteriori que erraram e que não viram as faltas. Como se vê, pelo que se passa nos bastidores do futebol, as jogadas são em grande parte opacas.

Zelemos para que pelo menos nos jogos sejam claras e cristalinas! Se as novas tecnologias são um elemento estranho. Que a FIFA crie uma nova lei em que os clubes ou seleções, quando lesados possam protestar o jogo. O apuramento da França para o Mundial2010, com um golo marcado com a mão é um exemplo inacreditável de ilibar dos erros!