Portugal perdeu com a Geórgia. Mais vale começar logo assim, frio e direto do que estar aqui com paninhos quentes.
Portugal perdeu com país que a maioria de nós não sabia que ficava na Europa, outros achavam que era um estado dos Estados Unidos e muitos outros nem sabiam que existia.
É verdade, dói, dói muito, quase tanto como quando as pessoas nas redes sociais trocam o "há" pelo "á", é que nem tentam o "à".
A Seleção Portuguesa conseguiu na noite de ontem executar na perfeição uma das maiores vergonhas de sempre do nosso país. Uma vergonha ao nível nível do Tony, que ao longo da sua "Carreira" nunca parou de plagiar músicas e afirmar que estas eram da sua autoria. Talvez pior do que ontem, só mesmo a derrapagem nas obras e prazos da Casa da Música. Não se lembram? O engenheiro de obra devia ser o William Carvalho, a obra era para terminar em 2001 e foi inaugurada em 2005 com uma derrapagem nos custos na ordem dos 78 milhões de euros.
Por falar em derrapagens, vamos nos sentar, relaxar e falar de ontem. Eu sei que custa mas tem de ser feito. Os grandes traumas devem ser ultrapassados assim, em diálogo.
O que doeu mais na noite de ontem?
- A paragem cerebral do António Silva.
- A ineficácia dos nossos jogadores na frente de ataque.
- A incapacidade do treinador.
- A frustração do Cristiano Ronaldo.
- O árbitro.
- Voltar à primária e ser o miúdo da quarto ano que leva uma coça do miúdo do primeiro ano.
Roberto Martinez voltou a insistir nos três centrais que "tão" bem tinha resultado contra a Chéquia. O problema é que em vez de três, entraram apenas dois, o António Silva jogou pela Geórgia. Dois erros graves do central português resultaram nos dois golos com que Portugal saiu derrotado. Se a expressão "dar tiros nos pés" fosse literal, o António em Setembro estava nos Paraolímpicos.
Sofrer dois golos de uma super potência como a Geórgia já é estranho, mais estranho ainda é não conseguir marcar um. É que falamos de uma seleção que deve ter ido buscar dois ou três tipos ao Centro de Emprego para completar a convocatória. Não me acredito que na Geórgia existam mais de 20 tipos a jogar à bola.
Portugal e a sua ineficácia esbarraram em Mamardashvili. Tem um nome complicado não tem? Que o digam os comentadores da TVI que no dia de hoje devem estar todos na fisioterapia a fazer massagens à língua. 90 minutos a dizer aqueles nomes deve ser coisinha para dar 37 nós na língua.
A juntar à grande exibição do guarda redes georgiano e à nossa azelhice em frente da baliza, tivemos direito ainda a um árbitro que amigos, nem para arbitrar em Portugal servia. Não servia, porque apita a favor dos pequenos e em Portugal isso não é aceitável.
Na primeira parte fica uma grande penalidade por marcar sobre Cristiano Ronaldo, em que o jogador georgiano não quis esperar pelo final do jogo e tentou ali, levar para casa a camisola do nosso CR7. Não dando grande penalidade, pelo menos deu para perceber que uma pessoa paga cento e cinquenta euros por uma camisola da Seleção mas a qualidade dos materiais é boa. Grande publicidade à Nike!
Quantas vezes ouvimos as frases feitas de que "Quem muda Deus ajuda" ou de que "Quando se muda, muda-se para melhor".
Ontem isso não aconteceu de todo, Martinez mudou e Portugal afundou.
A única coisa positiva de que podemos retirar do jogo de ontem é que pelo menos não nos tentaram convencer a ver a novela a seguir ao jogo, pois a única coisa que me apetecia era fechar-me no escritório às escuras beber um copo de whisky e mandar duas pastilhas de Lorazepam.
Quero acreditar de que o dia de ontem não terá passado de uma grande campanha da "Make a Wish" para alegrar o povo georgiano e que nós, bons corações como somos, mais não fizemos do que o que a nossa natureza manda, ajudar.
Jogamos agora dia um de Julho, contra a Eslovénia de Oblak e a tolerância está ao nível de uma Operação Stop onde nós não queremos, de todo parar.
Viva o Futebol
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