O Benfica afastou facilmente a Académica da Taça de Portugal e a goleada por 4-0 não retrata a superioridade esmagadora do Benfica, porque para além dos quatro golos dos jogadores encarnados mais oportunidades houve para dilatar a vantagem.
A Académica não estudou a forma de parar o voo da águia, não sei se cabularam com as poucas equipas que conseguiram mais ou menos travar o Benfica. Duvido, porque o trabalho apresentado pelos estudantes foi um vazio em todos os vetores a começar pela defesa pois atuar com quatro defesas perante o quarteto que espalha música com uma técnica melodiosa, e perfeita é colocar-se a jeito para chumbar. Relembre-se os golos, três de uma execução perfeita e o segundo, uma obra de arte, do solista Lima.
Não se pode dar liberdade à visão e à movimentação dos jogadores do Benfica nem se deve ficar a contemplar os marcadores dos golos pois é preciso ter um correto posicionamento para discutir e acompanhar os lances de ataque dos encarnados. Em dez minutos, as águias criaram três oportunidades das quais marcaram duas. O jogar à zona é um suicídio dado que não se pressiona. E ainda a inflexão de Sálvio para o corredor central torna-se num quebra-cabeças para a defesa zonal.
O Benfica realizou mais uma exibição de gala, o que augura que a continuar a praticar este futebol de grande qualidade, no qual cria várias situações de golo, pode-se pensar que os encarnados têm possibilidades de discutir e vencer todas as competições onde estão integrados.
Vejamos, o Benfica lidera o campeonato. Está nas duas taças das Ligas, a Portuguesa e a da Europa. Na Taça de Portugal marcou 14 golos e não sofreu nenhum. Jesus tem uma grande apetência para ganhar esta prova. Sabendo-se que este jogo a eliminar era mais difícil que a meia-final, a qual será disputada em dois jogos. Jesus não facilitou e apresentou a melhor equipa. Esta vitória torna o Benfica como o mais forte candidato a vencer a Taça de Portugal.
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