O Porto parece que deixou o seu excelente futebol em Guimarães, onde realizou uma exibição de alto nível. Daí para cá tem apresentado um futebol sofrível. A equipa está sem força anímica, a condição física não é a melhor.
A visível baixa de produção em jogadores determinantes interfere negativamente na qualidade de jogo dos dragões. Lucho, Moutinho, James e Jackson não estão em forma. Talvez por isso a equipa perdeu segurança na circulação de bola e por consequência na preparação dos lances ofensivos.
O Porto para vencer a eliminatória teria de ser um Porto dominador, deveria impor o seu jogo, ir à procura do decisivo golo. Mas não, apresentou uma estratégia defensiva na expetativa de controlar o jogo e o tempo. Ao invés do habitual, utilizou mais o “futebol direto”, e dessa forma perdeu demasiados passes o que fez com que a posse de bola fosse menos conseguida do que habitualmente.
Ontem escrevi que aos Dragões bastava marcar um golo para entrarem nos quartos-de final. Pois. Mas como é que o Porto poderia marcar sem rematar à baliza. Se só no tempo extra é que James proporcionou uma (a única) defesa a Caballero. O abandonado Jackson perdido entre o quarteto defensivo adversário raramente teve bola. Aliás, em termos de ataque o Porto praticamente não existiu.
Dizer que o Porto perdeu por causa do árbitro é inadmissível, quando o juiz italiano até invalidou um golo limpo aos espanhóis. Os cartões foram todos bem mostrados. O árbitro no aspeto disciplinar esteve bem. Não tem a culpa da excessiva agressividade dos jogadores.
Logo cabe ao Benfica defender a honra do convento futebolístico nacional. É importante que as águias não se deixem embriagar nem adormecer pelo excelente vinho de Bordéus. O Benfica para saciar a sede de continuidade na Liga Europa, basta-lhe um golo.
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