Jorge Jesus afirmou que a prioridade do Benfica era vencer o campeonato nacional. Esta convicção tornou-se numa espécie de ação afetiva, e naturalmente ocasionou: paixões, opiniões, inveja, ciúmes, e agudizou a rivalidade entre águias e dragões. 
Antigos jogadores do Benfica, que conquistaram títulos nacionais e europeus, opinaram, «que o Benfica tem a cultura da vitória. Que a Liga Europa dá dinheiro e prestígio. Por isso o Benfica deve ambicionar vencer todas as provas onde está inserido». Também um conceituado cronista da nossa praça que é afeto aos Dragões, opinou na sua habitual coluna.
Aliás, o Benfica por várias razões não deve apostar somente no campeonato. Porque a realidade competitiva não se concretiza com escolhas, mas sim com resultados. Esta corrida que o mantém lado, lado com o Porto poder-se-á perpetuar até ao decisivo confronto no Dragão. O campeonato pode definir o campeão nesse jogo? E até poderão continuar empatados em pontos. E ser a diferença de golos a determinar o título? De estes dois líderes, só um será campeão. Por isso não podem secundarizar as outras conquistas.
A intenção é um desejo que na maioria das vezes não se concretiza. O futebol mesmo apoiado em sólidas lógicas baseadas na produtividade realizada em jogos anteriores, continua a ser imprevisível. Dado que o futebol está sujeito a erros, a virtudes, e a várias influências. Por isso os resultados dos jogos e dos campeonatos continuam a ser uma incógnita.
O futuro como se sabe é inesperado e o do futebol não foge à regra. Pode-se querer e imaginar o título de campeão, mas nada garante que aconteça. Por isso, optar ou escolher o que é incerto, é arriscar demasiado. 
Temos o exemplo das grandes equipas da Europa. Algumas já são campeãs nacionais, ou lideram as suas ligas, mas nada as demove de conquistarem a Liga dos Campeões, e as outras provas que ainda disputam. Integro o Porto e o Benfica no lote dos melhores da Europa. Acredito, porque ambos possuem meios qualitativos, para alcançarem os fins. Face aos recentes resultados, tudo indica que os dois gigantes do futebol nacional continuarão nas provas europeias.
Creio que logo no estádio da Luz, o Benfica repetirá a vitória que obteve na Alemanha. O Bayer de Leverkusen, logicamente terá de ter uma atitude atacante na procura de marcar pelo menos um golo, para igualar a eliminatória. Jorge Jesus é um bom estratega, e certamente, mesmo mantendo o habitual caudal ofensivo, usufruirá da recuperação de bola e do adiantamento dos teutónicos para aproveitar um dos seus pontos fortes. O contra ataque.
Os alemães ao contrário do que se diz, não são mais perigosos a jogar como visitantes. Na Liga germânica somam 26 pontos em casa, e 15 como visitante. Contudo o Benfica terá de estar muito atento, porque sofrer um golo antes de marcar, será preocupante. Dado que o Leverkusen nos jogos fora, só uma vez ficou em branco.