Os alemães não brincam em serviço. São excelentes profissionais em todas as atividades. Ontem o austríaco David Alaba iniciou da melhor maneira o seu trabalho ao marcar aos 26 segundos o primeiro golo.
Após este golo os italianos reagiram. Mas com a entrada de Robben o domínio teutónico acentuou-se. A partir desse momento o Bayern cilindrou a Juventus. Os mecanismos ofensivos sucediam-se continuamente e a última meia hora antes do intervalo foi um hino ao futebol de ataque. É verdade que não aconteceram golos porque Buffon, que esteve infeliz nos golos que sofreu, foi neste período o beco sem saída para tantos remates com selo de golo.
Podemos dizer que a 'Vecchia Signora' jogou somente naquele quarto de hora que antecedeu a entrada de Robben para substituir o lesionado Kross. O holandês num corredor, Ribéry no outro, rompiam pelas alas e municiavam consecutivamente os restantes dianteiros, os avançados e os colegas que surgiam vindos de outros setores.
A Juventus está muito dependente da qualidade de Pirlo, mas o artista esteve desinspirado, e não desenhou os habituais traços de futebol porque os médios bávaros não lhe davam espaço para a tela e não o deixavam pegar no “pincel”.
A eliminatória não está ultrapassada. Mas o resultado é bom, pois basta aos alemães marcarem um golo em Turim, o que acontece quase sempre na situação de visitante. As equipas alemãs são poderosas e como tal são favoritas a estarem presentes pelo menos na final!
Quanto ao Barcelona, será que com Messi ou sem Messi estará nas meias-finais da Liga dos Campeões? Tudo indicia, já que um empate fora é sempre um ótimo resultado para qualquer equipa. Quanto mais para os bascos que em Camp Nou não costumam facilitar. Contudo as lesões dos titulares pesam na produção da equipa.
O jogo no Parque dos Príncipes tinha de um lado uma equipa milionária, mas pobre futebolisticamente. Do outro estava um grupo que reina no mundo do futebol. Contudo o Barcelona no segundo jogo terá de se apresentar muito mais coeso a defender. Para não ficar pelo caminho.
A segurança coletiva e sobretudo individual são frágeis. Os jogadores do setor não têm a velocidade exigida para constituírem uma equipa mais equilibrada.
O Barça é forte e agressivo em termos de ataque. Mas a defender é vulnerável. O quarteto é lento e Valdez não tem categoria para ser guardião do Barcelona.
Sem Messi e sem Mascherano, a segunda mão torna-se mais difícil para o Barcelona. Dado que o futebol dos franceses é musculado, rápido no contra ataque e tem como filosofia atacante o jogo direto, o qual poderá usufruir das lacunas defensivas do Barça. Portanto esta eliminatória ao contrário da anterior, contínua em aberto.
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