Jesus sabia que os escoceses poderiam marcar no seguimento de um canto. E marcaram mesmo. Mas não treinou a forma de neutralizar o bloqueio? Já no jogo de Glasglow tinha observado, e escrevi, que Artur foi incomodado pelos bloqueios que o Hooper lhe fazia nos livres de canto. Hoje [terça-feira] o mesmo Hooper estorvou a ação de Artur, e aconteceu o golo. A defesa não teve culpa e até estava bem colocada. Na pequena área e em condições normais a bola era de Artur.
Tinha chamado a atenção para a vulnerabilidade defensiva do Benfica no corredor central. Mas hoje esse setor esteve muito forte, muito seguro e muito ativo. Isto sucedeu porque Jesus dispensou o recuo de Matic para terceiro central. Matic e Enzo a jogarem lado a lado foram preponderantes na distribuição de jogo e até remataram várias vezes à baliza. Matic cada vez melhor e atuando mais solto foi o jogador que mais vezes tocou na bola. 41. Enzo mais apoiado realizou a melhor exibição desde que está no Benfica. Com o auxílio de Lima e a inflexão dos médios alas. O Benfica começa a ser uma equipa muito mais equilibrada.
Todos sabemos que o Benfica tem uma filosofia atacante. E nesta vitória isso foi evidente. Exceto nos 10 minutos finais de cada parte, períodos em que os escoceses equilibraram o jogo. De resto o Benfica dominou sempre a partida e impôs um ritmo impressionante. Aliás, praticou um futebol de qualidade como ainda não tinha feito esta época. Quanto a mim fez a melhor exibição de 2012/2013. O caudal ofensivo merecia mais que dois golos, pois construiu várias oportunidades nos 31 remates efetuados.
O coletivo vive das partes e quase todos os jogadores se suplantaram neste jogo. Uns mais que outros naturalmente. Realço a interpretação acima da média destes elementos, e por ordem descendente: Matic, Salvio, Garay, André Almeida, Enzo Perez e Ola John.
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