O apuramento para o Brasil 2014 ainda está ao alcance da seleção nacional. Pois neste momento tudo está em aberto. Mas se inicialmente se pensava que Portugal tinha possibilidades de vencer o grupo e, entrar diretamente no Mundial, hoje face aos inesperados resultados até a ida ao Play-Off se coloca em dúvida.
 
A margem de erro desapareceu. Portugal se quer estar presente no Mundial não pode desperdiçar mais pontos. A Rússia até ao momento tem o pleno, quatro vitórias 12 pontos. Portugal em 5 jogos perdeu 7 pontos. Se nos jogos que ainda temos de realizar somarmos mais 15 acredito que sejamos primeiros. Ao invés se repetirmos a média até agora alcançada, só podemos aspirar o Play-Off.

Para além dos empates com a Irlanda do Norte e com Israel, o mais grave é o baixo nível exibicional. Na verdade o futebol praticado individual e coletivamente deixam muito a desejar. É óbvio que dominamos os frágeis adversários e que criamos imensas oportunidades de golo. Era só o que faltava, se Luxemburgo, Irlanda, Israel e Azerbaijão nos superiorizassem.

Não se entende a falta de eficácia na concretização das oportunidades que surgem. Mas o que mais surpreende é a insegurança defensiva face à desorganização coletiva e individual. Todos sabemos que o modelo 4X3X3 é o que dá mais estabilidade defensiva e aquele que nessa ação os jogadores mais facilmente assimilam. Contudo na seleção não tem funcionado. Temos sofrido golos “infantis” por mau posicionamento individual. Por falta de atenção e perceção na abordagem aos duelos. Pela ausência de corretas compensações, e por negligência dos princípios de jogo, no qual toda a equipa deveria defender quando não tem bola.

Neste próximo jogo é fundamental analisar e refletir para corrigir os erros que em nada têm favorecido a produtividade da Seleção. Em princípio os jogadores de seleção são os melhores. São escolhidos pela técnica, pela criatividade, pela inteligência como abordam o jogo, pela tática, pela perspicácia. Esperamos que no Azerbaijão os jogadores realcem todas estas características.

Todos os membros da equipa estão de certa forma dececionados com o descaraterizado futebol que a seleção nos tem apresentado ultimamente. Quando se está à 5 jogos sem ganhar, e se cometem tantos equívocos, ninguém pode estar satisfeito. Porque esta situação não dignifica, nem agrada aos jogadores, nem à equipa técnica, nem aos dirigentes. E sobretudo aos portugueses que começam a ficar descrentes.

Todos nós adeptos nacionais, esperamos que a seleção se transfigure para melhor, e que os jogadores se superem e realizem uma exibição de alto nível. Para tal é preciso: vontade, entusiasmo, querer, entrega e dedicação. Todos estes predicados alicerçados na técnica e na velocidade geram uma motivação imparável. 

Mesmo com a ausência de Cristiano Ronaldo? É verdade que o melhor jogador do mundo faz falta a qualquer equipa. Mas a sua ausência neste jogo é relativa porque a seleção do Azerbaijão é muito fraca. Aliás julgo que não há nenhum jogador do Azerbaijão que tenha lugar na nossa seleção!

Em Baku precisamos vencer e convencer. Temos tudo para que isso suceda. Esta é a mesma seleção que até recentemente esteve cotada em 3º  lugar no Ranking Mundial. É tempo da seleção regressar ao nível que a catapultou para esse lugar de relevo! Vamos lá rapazes!