Será que ao terceiro derby entre Sporting e Benfica, e mais especificamente, entre Jorge Jesus e Rui Vitória, existirão alterações ao que se tem passado? Será que a superioridade demonstrada pelo conjunto verde e branco vai continuar no próximo jogo a contar para a Taça de Portugal? Esta é uma resposta a que os adeptos dos dois clubes quererão claramente respostas opostas.

Do lado sportinguista, Jorge Jesus tem feito aquilo que era seu timbre, focar-se quase apenas e só nas provas nacionais e por isso, é de prever que demonstrará o mesmo trabalho de casa que o tem mantido cem por cento vitorioso nos dois anteriores jogos frente ao Benfica. Jorge Jesus já era um treinador que demonstrava uma boa preparação e um bom trabalho de casa quando os adversários são nas provas internas e a juntar ao conhecimento que ainda possui das dinâmicas de alguns dos jogadores encarnados, é de prever que não será por aí que o resultado possa não ser positivo. O único risco que o lado sportinguista poderá ‘sofrer’ é de algum excesso de confiança dadas as condições em que venceu o Benfica nos últimos jogos.

Do lado benfiquista, Rui Vitória, para lá do desejo sempre presente que um clube grande tem em vencer as suas partidas e ainda mais quando são clássicos, há que afastar o bloqueio que é não vencer nem Jorge Jesus nem o Sporting esta época. Como?, será a questão a colocar. E as respostas não são muitas. Aliás, passarão por dois cenários: manter as suas dinâmicas de jogo e que Jorge Jesus já as conhece e que têm sido insuficientes; ou alterar algo e ir pelo factor surpresa.

Pessoalmente, irei pelo primeiro cenário, não sabendo se as dinâmicas individuais chegarão para se sobrepor às dinâmicas colectivas entre o Benfica e o Sporting. Acredito que Rui Vitória vá manter muito daquilo que foi o Benfica no papel antes dos jogos entre o Benfica e Sporting. Que irá manter a mesma disposição e tentar ir pelas dinâmicas e autonomias de alguns atletas. Jorge Jesus sabe que se por um lado isso é uma vantagem para ele, também saberá que a repetição das mesmas dinâmicas a determinado ponto fará do Benfica uma equipa mais coesa e eficiente. Resta saber se quando isso acontecer será antes, durante ou após os jogos que vão opondo os dois clubes.

Do ponto vista mais institucional, é relevante referir que uma das equipas ficará sem o 2.º ou 3.º objectivo da época como sendo possível de alcançar. Se no início da época desportiva a Liga dos Campeões era uma prioridade para ambos os clubes, o fazer carreira e dinheiro claro está, a partir de uma determinada altura, a Taça de Portugal passou a ser o 2.º objectivo explícito do Sporting e talvez o 3.º do Benfica, após a Liga interna e passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. A Taça de Portugal não é a cereja em cima do bolo para nenhum dos clubes, mas quando lá mais para a frente os outros objectivos começarem a ficar mais nublados, a Taça de Portugal será sempre recordada…