A representar atualmente Trofense, da II Liga, está Bruno Moreira, jogador que viu o seu nome ser escrito nas paredes do Estádio da Capital do Móvel como melhor marcador da história do Paços de Ferreira com 27 golos no total. Duas épocas antes, em 2015/16 foi o jogador português com mais golos na I Liga, também ao serviço do emblema pacense.
Bruno Moreira começou em 2000 na formação do clube da sua terra natal, no Famalicão, tendo transferido-se para o FC Porto, ainda enquanto júnior (2002 a 2005), altura em que se mudou para o SC Braga.
Depois de uma passagem breve pelo Joane, Bruno Moreira chegou ao Varzim em 2007, tendo trocado de camisola apenas em 2010, quando assinou pelo Moreirense.
Na temporada 2012/13 passou pela ilha da Madeira para representar o Nacional, mas quis a má experiência que se mudasse para Chaves no ano seguinte, altura em que também jogou na Bulgária, emprestado ao CSKA Sofia, até chegar ao Paços de Ferreira.
Na época 2015/16 foi o melhor marcador português da I Liga, ao serviço do Paços de Ferreira, com 14 golos. Em 2018, no regresso ao clube depois de uma passagem por dois anos pelos tailandeses do Buriram United (2016 e 2017), Bruno Moreira tornou-se o melhor marcador da história do emblema pacense na I Liga, com 27 golos no total.
Antes de chegar ao Trofense, o avançado português passou ainda por Vila do Conde (2018-2020), pelo qual participou em 12 jogos e fez um golo, e Portimão (2021), tendo alinhado em 16 partidas, mas sem marcar.
Ao SAPO Desporto, na altura, o avançado disse ter escolhido o Portimonense para dar continuidade à carreira enquanto jogador, uma vez que sentia não haver espaço para ele no Rio Ave.
Na época passada, assinou um contrato de uma época com o Trofense, da II Liga, tendo disputado 18 jogos e marcado um golo. Atualmente, ainda não disputou qualquer jogo pelo emblema da Trofa.
Quanto a títulos, venceu uma Liga Intercalar (2007/08) ao serviço do Varzim e ainda uma Liga tailandesa (2017) e uma Supertaça da Tailândia (2016).
Bruno Moreira foi ainda um dos convidados de um programas de maior sucesso no SAPO Desporto, o '55 perguntas a', em 2016. Pode rever a partir do jogador AQUI.
Em 2021 abre-se, pela primeira vez, a porta do Bamboo Garden Coffee & Brunch
"Tinha a ideia guardada há algum tempo e um casal amigo incentivou-nos. Aqui, em Famalicão, não existe um conceito semelhante. Apesar de a restauração não ser a nossa área, decidimos avançar. Queríamos que as pessoas tivessem uma experiência de pequeno almoço de hotel, mas num café. Contamos com a ajuda de um chef para ultimar a carta e ajudar na formação da equipa.", começa por dizer Bruno Moreira ao SAPO Desporto, acompanhado pela sua esposa Flávia Moreira.
Planeado para abrir em 2020, mas devido a uma pandemia que fechou muitos estabelecimentos, o Bamboo Garden só abriria portas em maio do ano seguinte.
"A carta tem o objetivo de agradar a todos dentro de uma familia, isto porque os jovens já estão mais familiarizados com o conceito de brunch. Só que, aqui, as refeições podem ser pedidas a qualquer altura do dia [encerra à noite]. Não temos de seguir a ordem natural de pequeno almoço, almoço e lanche. Desde o mais doce ao mais saudável, do mais novo ao mais velho, queremos que o nosso menu seja fácil de comer, tanto aqui ou em casa no serviço take-away", pormenoriza Flávia, terapeuta ocupacional que agora se dedica a tempo inteiro ao negócio.
Na altura, Bruno Moreira treinava em Portimão e, à distância, ia dando algumas dicas sobre como melhorar o espaço. Aliás, Flávia conta-nos que o papel do avançado é fundamental, apesar de este delegar à esposa todas as responsabilidades.
"Quando o Bruno está cá consegue distanciar-se do cargo de gestor e colocar-se no papel do cliente. Isso é fundamental para conseguir uma opinião imparcial, além da forma como funciona o serviço à mesa e a limpeza do local".
Bruno Moreira conta-nos que a abertura do espaço serviu de preparação para quando o futebol deixasse de ser uma fonte de rendimento, pelo menos enquanto jogador de futebol.
"Acho que todos os jogadores de futebol deviam começar a pensar no final da carreira no início da carreira. E nunca é tarde. Acho que o percurso que temos na carreira influencia as decisões. Uma estabilidade emocional no futebol ajuda a criar melhores ideias para outros negócios", conta-nos o jogador que está a completar a formação do 12.º ano e para depois continuar ligado ao futebol, "seja enquanto treinador ou preparador físico".
Pendurar as chuteiras está no horizonte, mas ainda sem data definida
Bruno Moreira tem 35 anos e tem passado os últimos meses a contas com uma lesão no joelho, que o tem mantido afastado dos relvados. Com contrato com o Trofense até junho de 2024, o avançado português sabe que o ponto final na carreira de jogador de futebol pode estar perto de se escrever. "Acho que o Bruno merecia sair com um jogo à altura, um jogo de homenagem", interrompe Flávia.
É percetível o cansaço no olhar do jogador enquanto fala connosco. O ambiente vivido na modalidade e as pessoas que o lideram são cada vez mais de difícil convívio. A idade faz com as coisas sejam mais fáceis de separar: o que é importante e o que não é.
"Estava consciente das diferenças entre a I e II Liga e sei que existe muita pressão sobre mim. O Trofense está a fazer um trabalho de crescimento gradual, mas ainda há muito a fazer, como por exemplo melhores condições de trabalho para sermos mais competitivos. Antes da primeira época no clube, disse a mim próprio 'este ano será um dos melhores da minha carreira', preparei-me ao máximo a nível físico, mas depois deparei-me com muitos obstáculos", disse Bruno Moreira que aproveitou para fazer um balanço de carreira.
"O Paços de Ferreira foi um clube que me deu o alento necessário no futebol, quando eu mais precisava. Adorei a minha passagem pela Tailândia, apesar de ser uma liga muito competitiva, era bastante desorganizada. Gostei da minha experiência na Bulgária, mas as pessoas eram frias e os problemas financeiros do clube, aliados ao nascimento da minha filha - que ficou em Portugal -, fizeram com voltasse mais cedo. Tenho ainda boas recordações do Rio Ave, um dos clubes com mais ambição por onde já passei", analisou Bruno Moreira.
Quanto ao Bamboo Garden Coffee & Brunch, não há planos de expansão, até porque o negócio da restauração "é muito volátil e há que encontrar um equilíbrio".
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