O Ministério público alemão avançou esta quarta-feira que será apresentada acusação a três homens detidos este ano por alegadamente terem chantageado a família de Michael Schumacher.

O principal suspeito, um homem de 53 anos da cidade ocidental de Wuppertal, terá ameaçado divulgar fotos e vídeos privados da família do antigo piloto de Fórmula 1, exigindo um pagamento de 15 milhões de euros para não as publicar.

Em causa estariam  imagens do sete vezes campeão da Fórmula 1 antes e depois do acidente de esqui em 2013 nos Alpes franceses, que o deixou com uma grave lesão cerebral. Schumacher, de 55 anos, não foi visto em público desde então.

As imagens alegadamente vieram de outro homem de 53 anos, da cidade ocidental de Wuelfrath, que trabalhou como segurança para a família Schumacher até 2021.

Estee é suspeito de ter vendido o material por uma "quantia de cinco dígitos" e pode enfrentar uma pena de prisão "considerável" por ser cúmplice de tentativa de chantagem e violação de privacidade.

A procuradoria-geral alemã avança que o principal suspeito ligou várias vezes a um funcionário da família Schumacher em junho deste ano para exigir o dinheiro. Alegadamente, ele ameaçou divulgar as imagens na chamada "dark web" se o valor não fosse pago.

O principal suspeito enfrenta acusações de tentativa de chantagem com uma pena máxima de prisão de até 15 anos, embora a acusação diga que a pena pode ser reduzida, pois a ameaça acabou por não ser concretizada.

O filho de 30 anos do homem de Wuppertal foi acusado de ser cúmplice de chantagem, pois o pai pediu-lhe para criar um endereço de e-mail não rastreável. Este foi usado para enviar à família Schumacher amostras do material de chantagem, segundo o MP germânico.

A família do antigo piloto alertou as autoridades na Suíça, onde Schumacher tem sido cuidado em casa desde o acidente. Os investigadores suíços rastrearam o esquema até à Alemanha através do número de telefone usado para ligar para a família.