Os selecionadores portugueses de futsal e futebol de praia frisaram hoje que esperam uma continuidade do trabalho elaborado nos derradeiros anos por parte dos novos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O selecionador português de futsal, Jorge Braz, apontou que, no desporto, “todos os dias é necessário superar e querer algo mais”, lembrando “anos fantásticos” durante a liderança de Fernando Gomes, que deseja repetirem-se no futuro, com Pedro Proença.

“Foram anos fantásticos, mas lembro-me muito bem do objetivo de sermos primeiros do ranking mundial. Ficámos muito perto, mas não conseguimos. Queremos sempre mais e é possível mais. Com certeza o futuro terá mais momentos positivos para nos superarmos. O que já está orgulha-nos, mas é sempre possível mais. De certeza que iremos almejar muito mais para além do que já foi feito”, afirmou o campeão mundial, em 2021, e bicampeão europeu, em 2018 e 2022, de 52 anos e no cargo desde 2010.

O selecionador português de futebol de praia, Mário Narciso, espera contar com igual acompanhamento, elogiando as condições dadas, “do melhor que pode existir”, mas lembrando a promessa de um espaço próprio para a modalidade na Cidade do Futebol.

“É uma questão que já devia estar resolvida. Foi-nos prometido e acho que já existe o espaço para construir um campo de futebol de praia aqui na Cidade do Futebol. Tenho esperanças de que esta direção irá dar continuação ao que já tinha começado a ser preparado e que, daqui a pouco tempo, tenhamos também um espaço nosso”, atirou.

Pedro Proença, que comandava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde 2015, somou 62 votos (75%) entre os 84 delegados participantes nas eleições da FPF, contra 21 (25%) do advogado Nuno Lobo, líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) nos últimos 13 anos, havendo ainda um voto em branco.

Proença, de 54 anos, estava a cumprir o terceiro e derradeiro mandato na LPFP, até 2027, mas despediu-se formalmente dos clubes na sexta-feira, em Assembleia Geral no Porto.

De saída da FPF está o economista Fernando Gomes, que foi empossado pela primeira vez em 17 de dezembro de 2011 e finalizará o terceiro e último mandato permitido por lei, numa altura em que é candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), tendo pela frente os ex-secretários de Estado do Desporto Laurentino Dias e Alexandre Mestre.