Na sequência da sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) no caso Diarra, a FIFA suspendeu os processos disciplinares em curso a treinadores e jogadores que tenham terminado os contratos de forma unilateral, em casos relacionados com as regras de transferências tornadas nulas.

Depois de o TJUE ter apontado algumas das regras contrárias aos direitos da União Europeia de livre circulação e concorrência, a FIFA retirou as medidas disciplinares que sejam "contra jogadores e treinadores e que não tenham respeitado estas regras sobre a aplicação dos direitos financeiros e a responsabilidade solidária dos clubes".

Estas informações foram avançadas pelo jornal francês Le Parisien, esta terça-feira, que afirmou ainda que a suspensão em questão não é sinónimo de um abandono total dos processos.

A FIFA decidiu reavaliar o quadro regulamentar do mercado de transferências, suspeitando-se que possam vir a existir rescisões de contratos de jogadores com os respetivos clubes sem compensações desproporcionadas, até à data ou em caso de sanções desportivas. As compensações em questão seriam referentes a casos de indemnizações a pagar pelos jogadores ou a pagamento solidário dos seus novos clubes.

Contudo, só a partir do próximo defeso, em janeiro, é que serão visíveis as consequências desta decisão.