A saída recente do técnico Bianchi dos Palancas Negras, por decisão do Petro de Luanda, clube onde treina, gerou desânimo junto dos jogadores da selecção de Angola, tendo em vista que o CHAN 2018 vai decorrer brevemente, de 13 de Janeiro a 4 de Fevereiro, em Marrocos.

O comentador da Rádio Cinco, da província de Benguela, João Melaston, lamentou a saída do hispano-brasileiro e antevê muitas dificuldades para o combinado nacional durante a competição.

“O Petro tinha que aguardar um bocado. Primeiro o país, depois o clube. Vamos ter muitos problemas na nossa selecção, porque Bianchi já fez um trabalho de criação de equipa em relação aos jogadores do Girabola”, avisou. “Há muito tempo que tínhamos dificuldades de criar uma equipa só do Girabola. Ele foi o único que teve coragem de fazer isso. Eu acho que perder um treinador nestas circunstâncias vai ser muito doloroso. Não acredito muito que venha um que tenha coragem de trabalhar nas adversidades e dificuldades que Bianchi trabalhou”, adiantou.

Para o CHAN, prova onde jogam apenas os atletas dos campeonatos nacionais de África, o técnico já tinha a pré-convocatória fechada, com 27 jogadores do Girabola Zap.

Eis os nomes dos pré-convocados e dos clubes em que jogam: Geraldo, Buá, Dany Massunguna, Show, Paizo, Macaya, Natael e Nelson da Luz (1.º de Agosto); Job, Erinilson, Manguxi, Wilson e Gerson (Petro de Luanda); Yano, Lunguinha, Almeida e Vá (Progresso do Sambizanga); Paty, Neblú e Tó Carneiro (Interclube); Selson Barros e Lando (Recreativo do Libolo); Bugus e Ado-Pena (Sagrada Esperança); Rui e Kaporal (1.º de Maio de Benguela); e Nary (Kabuscorp).

Entre os nomes que comandaram os Palancas Negras, Bianchi foi o 58º e último técnico a liderar a selecção. Deste lote, Oliveira Gonçalves é o treinador mais sonante, pelo facto de ser o primeiro e único a conseguir um apuramento das Palancas Negras para o Mundial, o de 2006, decorrido na Alemanha, isto após apurar os sub-20 para o Mundial da categoria.