O Sporting Club Petróleos do Bié tem uma dívida de 100 milhões de kwanzas, revelou, terça-feira, na cidade do Cuito, o secretário-geral da agremiação, Carlos Manuel dos Reis.

O responsável precisou que o endividamento decorre do não pagamento de diversos serviços, entre os quais o salário dos trabalhadores, energia elétrica, aquisição de material desportivo, contratação de jogadores e deslocação de atletas para competições.

Carlos Manuel dos Reis justificou a situação com o fato de o clube não receber, há quatro anos, nenhum financiamento dos seus patrocinadores, entre eles se destaca a companhia petrolífera francesa Total.

Segundo anunciou, o problema poderá ser ultrapassado ao longo deste ano, com a celebração de novo contrato de patrocínio com a Total, cujos termos estão em negociação.

Apesar das dificuldades que o clube atravessa, o responsável disse que está satisfeito com a sua participação, em 2015, em campeonatos nacionais de basquetebol, futebol, andebol, voleibol e ginástica, honrando o bom nome da província.

Defendeu, a este propósito, a necessidade de as entidades governamentais locais e empresários apostarem igualmente no desporto, a exemplo do que acontece nas províncias do Uíge, Bengo, Malanje e Cuando Cubango, entre outras.

Até 11 de Novembro de 1975, o Sporting do Bié foi uma referência desportiva no contexto angolano e atuava sob a cobertura da bandeira e das cores do clube homónimo de Portugal, de que se desligou depois da proclamação da independência nacional.

Mais tarde, viria a fundir-se com o Desportivo da Sonangol e, posteriormente, com a equipa da Direção Provincial da Justiça, passando a designar-se União Sport do Bié, designação que, depois, evoluiu União Petro do Bié.

Em 1990 ganhou a designação de Sporting Clube Petróleos do Bié e deixou de utilizar as cores verde e branco do Sporting Clube de Portugal, agremiação a que volta a associar-se a partir de 2012.