A seleção do futebol com muletas de Angola pode acrescentar ao prestígio já conquistado no México o primeiro título de campeã mundial, em caso de vitória hoje, domingo, diante da Rússia.

Tendo como palco o campo da Universidade Autónoma de Sinaloa, o encontro das 11h30 (19h30 no país) opõe adversários distintos. De um lado a qualificação presumível da Rússia e do outro a inesperada de Angola, longe dos prognósticos da crítica.

Além da Rússia, Uzbequistão (bicampeã em 2010 e 2012), Brasil, Ucrânia, França, Alemanha e Inglaterra eram tidos como os conjuntos mais capazes de chegar à final, mas Angola contrariou prognósticos e “tombou gigantes”.

Com um início menos conseguido, face à derrota na jornada inaugural diante da Inglaterra (1-3) e vitória por falta de comparência sobre o atrasado Gana (3-0), nada fazia prever a inversão do percurso, numa caminhada marcada pelo triunfo sobre o então favorito à conquista do cetro, o Uzbequistão (1-0), e depois sobre a Polónia (1-0). Antes já havia batido o Japão (1-0).

Apesar do ascendente e do moral alto do conjunto angolano em resultado do feito que já conseguiu ao chegar a final, a Rússia continua sendo a favorita pelo seu histórico no futebol adaptado mundial e, sobretudo, pelo que fez até agora nesta prova.

Os russos obtiveram as goleadas mais expressivas no seu percurso. Venceram o Quénia (1-0), a Alemanha (7-0), o Haiti (6-1), o El Salvador (10-1) e a Turquia (1-0).

Perante estes dados, abona a favor dos “pupilos” de Augusto Baptista “Cheto” o facto de terem vencido os três últimos jogos diante de adversários teoricamente favoritos, além de que conta também com o apoio dos adeptos e de grande parte de jogadores das seleções já eliminadas, com destaque para o Quénia, Gana e México.

Jogo coletivo, eficácia tática, nível técnico e capacidade física são pormenores que fazem da seleção angolana um adversário de respeito, capaz de tombar mais um gigante, desta vez a Rússia.