Duzentas e sessenta crianças e adolescentes, de ambos os sexos, estão a beneficiar do projecto 'Futebol para a cidadania', em curso desde 2011, no bairro Cambiote, arredores da cidade do Huambo, numa iniciativa do Clube Petro Atlético do Huambo.
Apesar das limitações financeiras da agremiação desportiva, o director-geral dos “alvi-negros”, José Muluse Abraão, informou hoje, terça-feira, à Angop, que o projecto continua a cumprir com os objectivos para os quais foi concebido.
Um ano depois do clube ter decidido encerrar, o dirigente afirmou que os pais das crianças e adolescentes beneficiarias imploraram para que "o futebol para a cidadania" fosse reactivado, ainda que com poucas condições.
Actualmente, segundo ainda José Muluse Abraão, as crianças e adolescentes não recebem os lanches, que anteriormente tinham direito, por falta de verbas, mas assistem as aulas de educação moral e cívica e praticam futebol.
Lembrou que o projecto tem por objectivo ensinar regras de convivência, preservação e conservação do ambiente, respeito mútuo e amor ao próximo.
Nos momentos em que meninos aprendem o futebol, as meninas aprendem culinária, corte e costura e participam de palestras sobre os riscos e consequências da gravidez na adolescência.
“Apesar das limitações financeiras, o projecto tem proporcionado momentos de felicidade para as crianças necessitadas, que se recusam a terminá-lo, por ser um espaço de interacção, formação de carácter e descoberta de talentos futebolísticos”, enfatizou.
Até meados de 2015 era financiado pelas petrolífera BP e Sonangol.
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