O Petro Atlético do Huambo completa hoje, segunda-feira, 35 anos de existência, envolto num ambiente de acentuada crise financeira que se arrasta desde que deixou de ter o patrocínio da Sonangol (em 2005), cujos reflexos mais graves foram visíveis em 2014.
A data das comemorações está a ser aproveitada, seguramente, pela direção, sócios e simpatizantes do grémio "alvi-negro" do planalto central para reflexão a fim de encontrarem soluções para relançar a formação na alta-roda das competições angolanas, em distintas modalidades.
Considerado o maior emblema da província do Huambo e um dos mais carismáticos e respeitados na região centro e sul de Angola, o Petro do Huambo foi fundado a 05 de Janeiro de 1980, na sequência da fusão entre as equipas locais do Atlético de Nova Lisboa e o Desportivo Sonangol.
Na altura poucos estavam crentes na longevidade do Petro, que era tão-somente considerado o mais novo entre os "gigantes" da praça local, em que se destacava o Mambrôa (atual Benfica) e o Recreativo da Caála, além das extintas formações da Cuca, Evestang, Dínamos, Palancas, Electro, entre outras.
Transcorridos 35 anos, marcados por alegrias e, obviamente, dissabores, que quase retiraram o clube no mosaico desportivo de Angola, o estado atual do grémio diverge, em muito, com os objetivos definidos pelos seus fundadores.
Indiscutivelmente, o Petro do Huambo precisa, com urgência, de um “injeção financeira” para resistir às dificuldades que emperram o seu ressurgimento e, consequentemente, reconquistar a mística perdida há décadas. Uma agremiação que não tem estádio de futebol relvado.
Em meio a dificuldades financeiras, facto que faz com que a agremiação desportiva não tenha a exuberância de outrora, ainda assim os "alvi-negros" continuam a gozar de muito carinho da massa associativa e população em geral.
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