O Tribunal Nacional acusou hoje o antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Ángel María Vilar por ilegalidades em contratos assinados entre 2007 e 2017, que teriam causado à entidade um prejuízo de 4,5 milhões de euros (ME).
O juiz Francisco de Jorge ordenou a abertura de um processo no qual propõe acusar Villar por administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares, falsificação de documentos e ocultação de bens, crimes relativos à organização de partidas internacionais.
Em causa estão alegados benefícios concedidos a empresas do filho de Ángel Villar, relacionados com jogos internacionais disputados pela seleção espanhola de futebol.
Juntamente com Villar, que esteve à frente da RFEF entre 1988 e 2017, outros sete suspeitos foram acusados, incluindo o seu filho, Gorka Villar, e o ex-vice-presidente da RFEF Juan Padrón.
No denominado caso Soule, a investigação judicial teve início em 2017, quando Villar ainda estava à frente da RFEF e que levou à sua detenção, à do seu filho e de Padrón por alguns dias.
Depois de ter sido detido, Ángel María Villar pagou uma fiança de 300 mil euros para poder deixar a prisão, o mesmo valor gasto pelo vice-presidente do organismo Juan Padrón, enquanto o filho Gorka Villar pagou 150 mil euros.
Segundo a tese apresentada hoje pelo juiz, Villar poderá ter obtido contratos com condições económicas prejudiciais para a RFEF e ainda o pagamento à entidade de remunerações que ou não correspondiam a qualquer prestação de serviços. Tudo isso resultaria em perdas para a Federação no valor de 4,5 ME.
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