Os nortenhos foram autorizados a usar as instalações do Perafita para arrancar na sexta-feira os trabalhos de pré-época com 17 jogadores, sob orientação de Paulo Gentil, ex-treinador do clube matosinhense, na sequência de uma temporada assinalada por sucessivos incumprimentos salariais e culminada com a descida no relvado à II Liga.

O Desportivo das Aves SAD reprovou em julho os requisitos de licenciamento nas provas profissionais de 2020/21 junto da Liga de clubes e dispensou o recurso para o Conselho de Justiça da FPF, acatando a despromoção na secretaria ao CP, numa altura em que equaciona a fusão com o Perafita e a transição de Santo Tirso para Matosinhos.

A junção dos dois emblemas nortenhos e a apresentação da nova identidade visual estão pendentes da deliberação do Tribunal da Comarca de Santo Tirso sobre as ações de destituição e despejo da administração da SAD, liderada pelo chinês Wei Zhao, que foram solicitadas pela direção do Clube Desportivo das Aves, presidida por António Freitas.

Os avenses têm sido acompanhados pelo administrador judicial provisório António Dias Seabra, já que beneficiam de um Processo Especial de Revitalização (PER), cuja lista provisória de pagamentos reparte dívidas de 17,1 milhões de euros por 110 credores.

A viabilização desse instrumento permitiu a participação da SAD nos sorteios da fase regular do Campeonato de Portugal e da primeira ronda da Taça de Portugal, que trará a visita ao FC Felgueiras 1932, em 27 de setembro, enquanto a entidade fundadora se prepara para competir na II Divisão distrital da Associação de Futebol do Porto.

Dos 47 jogos à porta fechada programados para a primeira jornada do terceiro escalão nacional, contam-se, pelo menos, nove adiamentos, incluindo a receção do Moura ao Vitória de Setúbal, que também foi despromovido pela via administrativa da I Liga, numa série que registou a desistência do Armacenenses e vai arrancar apenas com 11 clubes.