Bruno de Carvalho admitiu em entrevista ao semanário Expresso que depois de tudo o que passou ao serviço do Sporting é difícil encontrar trabalho, lembrando que as suas poupanças "acabaram".

"Eu tenho vivido daquilo que eram as minhas poupanças e chegou a um ponto que acabou. Acabaram as poupanças, passou um ano. E tenho as pessoas todas a dizerem-me 'peço imensa desculpa, mas com medo de represálias não lhe dou trabalho'. Eu tenho três filhas para sustentar, tenho-me a mim para sustentar. Mas o que é que isso tem a ver com estar agarrado ao poder? Sim senhor, dou todo o direito a que os sportinguistas decidam se devo continuar como presidente ou sócio. Mas não dou o direito a ninguém de me impedir de ter futuro. Isto não significa estar agarrado ao Sporting. Neste momento, aquilo que tive de fazer enquanto ser humano e cidadão foi colocar a minha casa no mercado para poder ter algum rendimento para continuar a sobreviver", referiu o antigo líder leonino, em declarações reproduzidas pelo jornal Record.

"As pessoas não me dão emprego, ponto. Dizem isto, vou repetir: 'Não lhe dou emprego e não é pelo seu valor, porque sabemos perfeitamente que você a nível de trabalho não há igual, mas temos medo de represálias'.", acrescentou.