Esta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal de Braga voltou a abordar a possível venda do Estádio Municipal, um equipamento que segundo o atual executivo é "uma fator de entropia" à gestão da autarquia, devido aos gastos que tem obrigado a realizar.
Um dia depois, um empresário bracarense avançou com uma proposta pela 'casa' do Sporting de Braga. Filipe Correia oferece 80 milhões de euros por 66% do estádio, segundo avança o jornal 'i'. Os restantes 34% do recinto continuariam na posse da Câmara Municipal e o estádio continuaria a ser utilizado pelos 'guerreiros do Minho'.
O negócio seria concretizado pela empresa Arlindo Correia & Filhos e pela Sociedade Women - Investimentos Imobiliários, SA. O empresário que apresentou a proposta é neto de Arlindo Correia, que chegou a ser apontado como possível presidente do Sporting de Braga, antes da eleição de António Salvador.
Filipe Correia afirmou que "o estádio e as suas infraestruturas, para além de privado, poderia e deveria ser também de utilização, de interesses públicos e em prol da melhoria de vida dos bracarenses e demais cidadãos", pode ler-se na proposta feita.
Antes da possível venda do estádio, a Câmara Municipal de Braga vai fazer um referendo local sobre a questão. Essa decisão foi divulgada depois de a autarquia ter as contas bloqueadas por causa de uma condenação judicial ao pagamento de quatro milhões de euros ao consórcio que construiu aquele equipamento por obras a mais.
De forma a justificar aquela decisão, o autarca apontou que uma obra orçamentada em 65 milhões de euros já obrigou a gastar 165 milhões, entre derrapagens e condenações judiciais, sendo que a fatura pode ainda não estar finalizada, uma vez que a autarquia já foi condenada em duas instâncias ao pagamento de mais dez milhões de euros por obras a mais (aguarda-se decisão do Supremo Tribunal Administrativo), correndo ainda uma outra ação judicial na qual o arquiteto da obra, Souto Moura, exige o pagamento de mais quatro milhões de euros pelo projeto.
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