A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ambiciona tornar a modalidade “o maior veículo promocional” do país, o “principal promotor de igualdade e integridade” e o “maior formador de referência” até 2030, explicaram hoje no fórum Football Talks.
Através de uma apresentação da diretora-geral adjunta da FPF, Mafalda Urbano, que marcou o arranque do segundo dia do fórum de discussão da modalidade, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o órgão federativo mostrou os seus objetivos para esta década.
“Ser capaz de se relacionar com todos os portugueses, criando oferta desportiva, social e educacional adequada a todas as idades, ser o maior veículo promocional de Portugal no mundo, por via da qualidade do futebol nacional, ser o principal promotor da igualdade e da integridade na sociedade, ser exemplo de sustentabilidade e ser o maior formador de referência de jogadores, treinadores, árbitros e outros agentes do futebol”, são os cinco temas em que assenta a ambição do futebol português em 2030.
Estes objetivos causarão impacto na prática, no consumo e na organização do futebol, do ponto de vista da transformação do desporto numa ferramenta pedagógica que promova um crescimento saudável assente nos seus valores, da elevação da qualidade do futebol e do futsal, da continuação do acompanhamento e expansão da relação com os consumidores e da garantia da sustentabilidade e qualificação do ecossistema.
Mafalda Urbano apontou que o futebol terá “cinco grandes forças de mudança” até 2030, como a “transformação da experiência futebolística alavancada pela tecnologia”, o “aumento da participação das mulheres no futebol”, o “crescimento dos esports”, os “impactos no atual misto de receitas e novas fontes” e, por último, a “incerteza do futuro, acentuada pela pandemia e pela guerra”, que transformarão essa experiência.
No entanto, Mafalda Urbano ressalvou que ainda podem existir “várias oportunidades de melhoria”, sobretudo na “falta de infraestruturas, no estigma cultural feminino enraizado na sociedade portuguesa, numa nova abordagem ao desporto escolar e no impacto negativo dos pais, que leva a uma dificuldade acrescida em atrair praticantes”.
Relativamente ao consumo, “pode melhorar o desempenho das equipas portuguesas a nível europeu, a atratividade do futebol feminino, o destaque atribuído ao futebol e a tecnologia no produto que origina dificuldades na atração de novos consumidores”, ao passo que, na gestão e organização, há “a incerteza relativa às atuais fontes de receita, aliada à necessidade de captar novas fontes, o que adiciona dificuldades a um tecido clubístico pouco maduro e profissionalizado”, concluiu ainda a diretora-geral adjunta.
O fórum Football Talks decorre entre segunda-feira e hoje, na Cidade do Futebol, com um programa vasto assente em temas relacionados com os cinco pilares estratégicos identificados no Plano Futebol 2030 da FPF: Infância e Crescimento, Futebol para Todos e Todas, Qualidade do Jogo, Envolvimento e Sustentabilidade do Ecossistema.
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