A Fundação FIFA destinou um milhão de dólares (cerca de 900 mil euros) para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia através de iniciativas, além de fazer um primeiro envio de ajuda humanitária à Federação Ucraniana de Futebol (UAF).

A FIFA confirmou hoje que, desde o início da guerra na Ucrânia devido à invasão da Rússia, a sua Fundação tem colaborado com a comunidade futebolística regional e local e está a avaliar e a trabalhar na resposta necessária em conjunto com a Fundação UEFA para a Infância, a UAF e suas estruturas regionais, bem como com outros grupos de interesse do futebol, desporto e campo humanitário

"Para fazer frente ao conflito, queremos contribuir e apoiar o povo ucraniano e aqueles que fugiram da guerra. A Fundação FIFA está pronta a ajudar em cooperação com a comunidade ucraniana e regional do futebol", anunciou em comunicado o presidente da FIFA, o italiano Gianni Infantino.

A FIFA assinalou que, seguindo o pedido da UAF, um primeiro carregamento de material de primeiros socorros foi enviado por via rodoviária para cobrir as necessidades mais urgentes e, no total, a Fundação FIFA contribuiu com um milhão de dólares "para responder à crise humanitária urgente que a Ucrânia atravessa".

Além disso, a FIFA adotou uma série de medidas regulatórias temporárias para apoiar os futebolistas e clubes profissionais, com alterações no Regulamento de Estatuto e Transferência de Jogadores (RETJ).

A situação na Ucrânia torna necessário esclarecer a inscrição de futebolistas ucranianos em clubes de outras federações e por isso o Conselho da FIFA modificou o anexo 7.º do RETJ para oferecer a possibilidade de registo no caso de serem autorizados a deixar o país em conformidade com as regras em vigor sobre a circulação transfronteiriça de pessoas de nacionalidade ucraniana.

Com esta alteração é possível inscrever futebolistas ucranianos noutros clubes, mesmo que esteja encerrado o período de inscrição da federação a que pertence o clube em que pretendem inscrever-se.

As novas alterações clarificam ainda que os clubes têm o direito de registar no máximo dois futebolistas profissionais que tenham beneficiado das exceções previstas no anexo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.