Jorge Jesus deu uma longa entrevista ao canal 11 em que fala da sua carreira, nomeadamente da experiência na Arábia Saudita e dos clubes que treinou em Portugal.
"Enquanto treinador do Benfica, tive vários convites de Atlético de Madrid, Valencia, Monaco, AC Milan… Quem é que rejeita o AC Milan? Rejeitei eu. Hoje não rejeitava, mas na altura rejeitei. Era um treinador muito bem pago, e continuei a ser. Para sair de Portugal para o estrangeiro, algo me tinha de motivar. Ou o clube, ou financeiramente", começa por contar.
No entanto, Jorge Jesus admitiu que atualmente vê o cenário de maneira diferente. "Depois de ter saído, vejo as coisas de maneira diferente. Conhecer outros campeonatos, outras culturas e outras pessoas abriu-me horizontes. A Arábia Saudita ensinou-me a respeitar mais tudo o que é o futebol. Os espectadores, os adversários, a cultura...", acrescenta.
Já a ida para o Brasil, o treinador português revela que aconteceu contra a vontade do seu empresário. "O meu agente não ficou muito satisfeito por eu tomar esta decisão, porque ele tinha algumas equipas de Inglaterra com quem tinhas as coisas acordadas, mas eu tomei a decisão sem lhe dizer nada. Quando surgiu isto do Flamengo, não tinha dúvidas. Era o que eu queria, era a equipa que se enquadrava comigo, era um sonho", revela.
"As pessoas não têm nenhuma noção do que aquilo é… Atrevo-me a dizer que é o campeonato mais competitivo do mundo. As equipas são todas muito iguais. Das 20 equipas, 12 já foram campeãs. Isso não existe em nenhum campeonato do mundo", garante Jorge Jesus.
Por fim, o treinador aborda a passagem pelo Sporting de Braga de António Salvador e lança 'farpas' a um outro dirigente luso.
"Foi outro presidente com quem trabalhei e com quem gostei muito de trabalhar. Aliás, aprendi com todos e gostei de trabalhar com todos… Menos com um, mas isso já faz parte do passado", atira Jorge Jesus.
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