Kaká ainda era uma jovem estrela em ascensão no futebol mundial quando em 2001 revelou que ira casar virgem. Declarações que caíram que nem uma 'bomba', especialmente no Brasil.

"Essas piadas nunca me incomodaram porque aquela era realmente a minha convicção. Em nenhum momento isso foi um peso. Disse aquilo numa boa. E foi até aos 23 anos, até quando eu casei. Nunca houve nenhum problema. Agora, se me perguntarem se faria de tudo de novo, acho que não falaria sobre o assunto. Teria feito as coisas da mesma forma, mas não precisaria dessa exposição. Com a experiência que tenho hoje não teria aberto essa área tão privada da minha vida. Teria-me preservado um pouquinho mais", afirmou Kaká em entrevista ao portal UOL.

"Acho que é muito bom ser considerado um exemplo e uma referência, mas é também muito importante que cada um tenha a sua convicção pessoal. Sinceramente, não acho que um tipo quando estiver com a namorada se vai lembrar de mim naquela hora. Prefiro pregar a minha convicção em relação a Jesus do que lhe dizer o que fazer ou não fazer", acrescentou.

O antigo internacional brasileiro revelou ainda como foi o processo de lidar com o dinheiro, depois de ganhar os primeiros salários.

"É agressivo para um menino de 17 ou 18 anos, desconhecido, que do nada se torna famoso. Passa a ter tudo da noite para o dia. Quando comecei a jogar e ter um salário um pouco mais alto começaram a aparecer as menininhas. Você começa a pensar fora da 'casinha', sabe? Começa a 'flutuar'", referiu Kaká.

"Foi a altura de cortar as asas. Ganhei um salário um pouco mais alto e disse: 'pai, quero comprar um carro", e  ele respondeu, "anda cá, calma aí, senta aqui que não é assim'. O facto de os meus pais me terem ajudado nisso, a perceber qual que era a realidade em todos os momentos, foi fundamental", finalizou.