O Nacional da Madeira perdeu com o Dinamo Minsk por 2-0, em jogo da primeira-mão do "play-off" de acesso a Liga Europa. Os madeirenses fizeram uma má primeira parte mas também se podem queixar do trabalho da equipa de arbitragem, que não marcou duas grandes penalidades contra os bielorrussos. Foi a segunda derrota consecutiva dos homens de Manuel Machado.

O Nacional, que alcançou a sua única qualificação para a fase de grupos da Liga Europa em 2009/2010, entrou em campo com o intuito de repetir a proeza alcançada frente ao Zenit de São Peterburgo.

Pela frente encontrou uma formação que já leva 24 jogos oficiais na Bielorrússia, ou seja, com outro andamento, enquanto os madeirenses ainda estão a procura do melhor entrosamento.

A jogar em casa emprestada (estádio do rival BATE Borisov), o Dinamo Minsk tomou conta do jogo, empurrou o Nacional para perto da sua área, criando inúmeras situações de perigo junto da baliza de Gottardi.

A formação de Manuel Machado não conseguia ligar os sectores, "tremia" quando tinha a bola e raramente conseguia chegar a área adversária, tal a facilidade com que perdia a bola. Os substitutos de Mexer na defesa e Candeias e Djaniny no ataque ainda estão longe de fazer esquecer este trio que muito deu ao clube insular.

Udoji, Kantsevoi, Stasevich e Karpovic iam dando enorme trabalho à defensiva do Nacional. Numa altura em que Manuel Machado já pensava no diálogo a ter com os jogadores ao intervalo para melhorar a equipa, o Nacional sofreu o primeiro golo. Um golo que era o culminar do domínio bielorusso. Ezzat tentou um corte, chegou a dar na bola mas também no adversário. O árbitro Michael Koukoulakis ainda teve dúvidas mas apitou para penálti que Stasevich converteu.

No segundo tempo o filme do jogo não mudou muito, apesar do Nacional ter arriscado mais e ter estado mais perto da área adversária, graças as entradas de Lucas João e Reginaldo para os lugares do apagado Suk e Zainadine, o lateral direito.

Com tantas dificuldades em chegar ao golo, o Nacional ainda encontrou no árbitro um "adversário" difícil. Michael Koukoulakis, árbitro grego, fez vista grossa a um corte com a mão de um jogador do Dinamo num passe e Marçal que ia ter com um jogador do Nacional na área. O árbitro, a dois metros da jogada, preferiu não marcar. Isto aos 48 minutos. E teve a mesma atitude aos 69 minutos, num remate de Gomaa que levava selo de golo mas que foi cortado por um defensor com a mão. Outro penálti claro, completamente ignorado.

Pelo meio, o Dinamo Minsk fez o 2-0, num lance feliz. Nikolic rematou colocado de fora da área, a bola desviou em Miguel Rodrigues e traiu Gottardi. O 2-0 era castigo pesado por aquilo que o Nacional já tinha produzido no segundo tempo. Minutos antes Udoji tinha falhado um golo certo, já depois de tirar Gottardi do caminho.

A formação insular arriscou tudo e poderia ter reduzido aos 63 minutos mas o remate de Lucas João, dentro da área, foi defendido com os pés pelo guarda-redes Gutor. Era o melhor período da formação de Manuel Machado.

Os minutos finais foram de enorme pressão por parte do Nacional que tentou reduzir através de livres para a área, de remates de longe e de iniciativas pelos corredores, principalmente por Marçal, mas os remates ou saiam para fora ou acabavam nas pernas dos defensores. O golo que poderia dar mais esperança ao Nacional não surgiu, pelo que na Choupana os madeirenses terão de fazer uma grande partida para seguir em frente.