Paulo Fonseca relembrou o regresso ao Paços de Ferreira como uma boa opção, após a passagem pelo FC Porto, e disse acreditar que vai chegar a um grande clube do futebol europeu.

Na sua terceira temporada ao serviço dos ucranianos do Shakhtar Donetsk, Paulo Fonseca acha que “não houve ninguém” a deixar um clube como FC Porto para regressar a um conjunto como o Paços de Ferreira.

“Na altura achei que era uma boa opção, começar praticamente do zero, novamente. Nunca duvidei que nós, como equipa técnica, pudéssemos chegar aos grandes clubes europeus. Nesse momento achei que era fundamental darmos esse passo, que muita gente considerou ter sido um passo atrás, mas acho que foi um passo em frente. Veio confirmar aquilo que nós acreditávamos, que, apresentando qualidade no jogo, fazendo evoluir os jogadores que trabalham connosco, é possível haver esse reconhecimento. Foi um regresso muito feliz”, afirmou.

Em entrevista à agência Lusa, o treinador, de 42 anos, lembrou a passagem pelos ‘dragões’ em 2013/14, considerando que lhe “faltou experiência” para aquele desafio, que até começou da melhor forma com a conquista da Supertaça de futebol, mas terminou antes do final do campeonato.

“Eu tinha apenas um ano de I Liga e não foi o momento ideal, mas foi um momento de grande aprendizagem e que me está a servir nos dias de hoje”, afirmou.

Paulo Fonseca assumiu que está hoje muito mais bem preparado do que quando assumiu o comando do FC Porto, até porque, diz, está “num clube desse nível”.

“Estou num grande clube europeu. Os resultados têm vindo a confirmar isso mesmo, que hoje estou mais preparado para esses desafios. O Shakhtar é um clube de referência na Europa e os resultados têm vindo a confirmar isso”, referiu.

Durante o defeso, foi noticiado o interesse de alguns clubes das principais ligas europeias, mas Paulo Fonseca assegurou que só deixará o conjunto ucraniano – “um clube enorme, que marca sempre presença nas competições europeias” – para ir “para outro grande clube”.

“Realmente houve convites durante esta época que passou. Mas para trocar o Shakhtar tem de ser por um clube que me permita lutar por títulos. Não vou trocar o Shakhtar por um clube que lute para não descer de divisão, independentemente de ser noutro campeonato. E foi isso que me levou a continuar no Shakhtar. Não tenho dúvidas que isso mais tarde ou mais cedo vai acontecer, essa mudança. E eu, como sou ambicioso, ambiciono chegar a um desses grandes clubes europeus”, considerou.

Sobre um possível regresso a Portugal, Paulo Fonseca diz que “não é uma perspetiva ou uma ambição que tenha” para os próximos tempos.

“Tenho de confessar isso, mas nunca podemos dizer nunca. Não está no meu horizonte regressar brevemente a Portugal. Sinto-me muito mais valorizado no estrangeiro, muito mais motivado no estrangeiro. Agora não quer dizer que isso não possa acontecer, mas acredito que a breve prazo não”, rematou.