Em entrevista à agência EFE, Carlos Queiroz abordou a sua experiência à frente da seleção colombiana.

Apesar de um conjunto de maus resultados, o técnico lamentou o desfecho que culminou na saída do comando técnico da equipa sul-americana. "Depois de uma série de resultados maus, a federação não teve a coragem de enfrentar as tempestades que se avizinham. Eles tomaram uma decisão que devo aceitar mas com a qual não concordo. Os factos mostram que não é uma decisão racional. Agradeço a oportunidade. Foi uma honra, um grande privilégio. Infelizmente depois dos dois últimos resultados contra o Uruguai e o Equador, a federação não mostrou a mesma coragem que mostrou no início", começou por dizer em entrevista à agência.

Sobre a polémica em torno de alguns desentendimentos no balneário, Queiroz desmentiu veementemente. Pelo contrário, o português enalteceu a experiência e deixou elogios aos seus jogadores. "Foi tudo fenomenal. É surpreendente ver a família que é a seleção colombiana. É uma coisa muito atraente, muito amigável e amorosa. Nós sabemos e gostamos de futebol, sabemos que há um preço que temos que pagar quando vivemos numa sociedade livre. Há um preço a pagar, se não sabemos viver com a mentira, não sabemos nada de futebol e da vida. Após a partida contra o Chile, disseram que houve confrontos. Mentira. Após o jogo contra o Equador surgiram alguns argumentos de que os jogadores teriam protagonizado confrontos. Mais uma vez vos digo que o ambiente da equipa colombiana é amigável e familiar. São algumas mentiras que são normais e pagamos o preço de viver num mundo livre, do qual gostamos. Em relação aos jogadores, treinei clubes e seleções, de Portugal ao Irão, sempre tive um ótimo relacionamento com eles. E agora tenho, por parte dos jogadores colombianos, mensagens deles com expressões de carinho e quando as leio fico emocionado e quase choro. São expressões de apreço e gratidão que nunca esquecerei. Esses jogadores de futebol sempre estarão no meu coração", continuou.

Sobre a possibilidade de voltar ao ativo, o treinador garante que o "telefone continua a tocar", mas que irá primeiro fazer "uma grande e cuidadosa reflexão" antes de pensar em voltar a treinar.

No cargo desde fevereiro de 2019, a saída do treinador, de 67 anos, aconteceu em 02 de dezembro deste ano, poucos dias depois duas pesadas derrotas na fase de qualificação sul-americana para o Mundial2022, primeiro contra o Uruguai (3-0), em casa, e depois no Equador (6-1), naquela que foi a pior derrota da Colômbia em 43 anos.

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