Em conferência de imprensa de antevisão do encontro com o Spartak de Moscovo, referente à primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, agendado para esta quinta-feira às 20h05 no Estádio do Dragão, André Villas-Boas afirmou que é necessário esquecer a «euforia» dos festejos nacionais e tempo de «concentração máxima» para a Europa.

«A festa não deve ser prolongada até porque houve tempo suficiente para a recuperação. Temos de esquecer um pouco o que se passou na Luz porque o Spartak provoca-nos um desafio ainda mais aliciante, mais complicado de resolver. Algo que só se irá resolver em duas mãos. O Spartak tem um estilo igual ao nosso, com muita posse de bola e isso são sinais suficientes para responder da melhor maneira», disse, esta quarta-feira, o técnico do FC Porto no auditório do Estádio do Dragão.

«São duas competições diferentes [I Liga e Liga Europa], temos de saber fazer a transição da festa para um jogo muito importante. Gerir esse equilíbrio e sermos capazes de nos adaptar a uma realidade competitiva, temos um objectivo a atingir que é chegar à final», acrescentou.

O técnico do FC Porto não quis atribuir favoritismo ao FC Porto nesta primeira mão, mesmo sabendo que jogam em casa e onde será o primeiro jogo dos Dragões como novos campeões nacionais em casa.

«São duas equipas muito fortes. o Spartak vem da Liga dos Campeões com bons resultados, com um futebol bem jogado, colocando-nos um desafio aliciante. Há ainda o talento individual do seu plantel. Nas competições europeias mantemo-nos no topo. Na Europa o factor motivacional é importante», explicou.

Quanto à grande final em Maio, em Dublin, André continua a transmitir a mensagem que é possível lá chegar, mas sempre pensando jogo a jogo.

«As nossas obrigações não mudaram por termos ganho o campeonato. Queremos chegar longe nesta Liga Europa, sempre foi essa a mensagem. Todas as equipas sonham com a final e já se percebeu os desejos das oito equipas em chegar à final», frisou.

«Quem ganha tem sempre vontade de continuar a ganhar. O sucesso não é só meu, é de todos nós», respondeu Villas-Boas sobre a sua continuidade no comando técnico dos azuis e brancos.