O capitão da seleção portuguesa de futebol, Cristiano Ronaldo, tem nos 69 golos marcados, em apenas 59 jogos, a razão máxima para acreditar que, cinco anos depois, pode vencer de novo a Bola de Ouro.
Em contraponto com o “deserto” de títulos, o jogador do Real Madrid apresenta em 2013 o seu máximo registo em termos de golos, quatro deles determinantes para o apuramento de Portugal para o Mundial de futebol de 2014.
No sempre ingrato play-off, frente à Suécia, de Zlatan Ibrahimovic, Ronaldo surgiu ao melhor nível, ao selar o triunfo em Lisboa (1-0) e conseguir um hat-trick na Suécia (3-2), igualando Pauleta como o melhor marcador luso (46 golos).
Curiosamente, o jogador formado no Sporting já tinha conseguido em 2013 um primeiro triplete por Portugal, na Irlanda do Norte, onde transformou um 1-2 em 4-2, ultrapassando, então, os 41 tentos do “Rei” Eusébio.
Terá sido, porém, em Solna que Ronaldo deu o passo determinante para repetir o triunfo de 2008, ano em que foi peça chave na campanha do Manchester United rumo à vitória na Liga dos Campeões.
Apesar de terem sido apenas nove, os jogos ao serviço da seleção das quinas podem, assim, pesar mais do que os 50 pelo Real Madrid, mesmo que estes tenham rendido impressionantes 59 golos.
O jogador luso começou logo o ano a “ferver”, com dois bis e outros tantos hat-tricks em janeiro. No mês seguinte, a dose caiu para metade, mas o bis foi conseguido em Nou Camp, num triunfo por 3-1 que valeu um lugar na final da Taça do Rei.
As grandes emoções aconteceram em abril, com o regresso a Old Trafford, para defrontar o United: foi homenageado, mas acabou por marcar o golo que qualificou os merengues (2-1 fora, após 1-1 em casa). Por respeita aos adeptos, pediu desculpa.
O mês de abril começou bem, com seis golos nos primeiros quatro jogos, metade frente ao Galatasaray, nos quartos de final da Champions, mas acabou da pior forma, com o adeus, mais um, à hipótese de o Real somar a 10.ª.
Em Dortmund, Ronaldo marcou um golo, mas Lewandowski logrou um póquer. Na segunda mão, o onze de José Mourinho ainda sonhou com a remontada (2-0), mas o zero do português pesou.
Com o campeonato há muito perdido e sem Europa, o Real Madrid ainda tinha a final da Taça do Rei para ganhar, mas, em pleno Bernabéu, e apesar de Ronaldo ter inaugurado o marcador, foi o Atlético de Madrid a fazer a festa, após prolongamento (2-1).
A época passada terminou como abriu a atual, com golos ao serviço de Portugal, primeiro à Croácia (1-0) e depois à Holanda (1-1), em dois jogos particulares.
Em agosto não marcou mais, ficando em branco nas duas primeiras rondas da Liga espanhola, mas esteve infernal em setembro, com 12 golos nos primeiros seis jogos. Só não marcou ao sétimo, na receção ao Atlético de Madrid (0-1).
Seguiu-se um outubro com nove golos em sete jogos e apenas dois a zero, na receção a Israel (1-1) e em Nou Camp, onde o Real Madrid perdeu por 2-1. Fechou, porém, o mês em grande, com um hat-trick ao Sevilha, numa goleada por 7-3.
Depois, Cristiano Ronaldo esteve perfeito em novembro, com golos em todos os seis jogos disputados, para um total de 11 golos, incluindo os quatro à Suécia.
Em dezembro, só disputou três jogos e apenas apontou dois golos, mas um deles, em Copenhaga, foi histórico, pois permitiu-lhe fechar a fase de grupos com um novo recorde de nove golos, isto mesmo tendo falhado a quinta jornada.
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