Cristiano Ronaldo, vencedor da Bola de Ouro 2014, destacou esta terça-feira, em entrevista à FIFA, o difícil que é estar há oito anos consecutivos no “onze” do futebol mundial, defendendo que esse é um feito ao alcance de poucos.
“Oito anos seguidos no ‘onze’ ideal e a lutar para estar entre os três melhores é, para mim, um motivo de orgulho, já que são poucos os que conseguem alcançá-lo. Acho que só eu e o [Lionel] Messi, não vejo outros. Penso que ninguém o conseguiu durante oito anos consecutivos”, frisou o jogador português do Real Madrid.
Cristiano Ronaldo confessou que sabe que já faz parte da história do futebol, pelos recordes que vai batendo e pelos títulos que continua a conquistar, e, como tal, que terá “uma página bonita entre os melhores de todos os tempos”.
“Isso faz-me feliz. Já tenho 29 anos, mas sinto-me como se tivesse 25! Acredito que posso jogar outros cinco, seis, sete anos ao mais alto nível”, reconheceu na entrevista ao site da FIFA, defendendo que só vai jogar até aos 40 anos, como sugeriu o seu empresário Jorge Mendes, se tiver um nível “aceitável” para si e para o clube em que jogar na altura.
O ‘capitão’ da seleção portuguesa rejeitou ter um segredo para o sucesso, que se consumou ainda mais na segunda-feira com a conquista da sua terceira Bola de Ouro, considerando que o facto de estar disposto a aprender todos os dias.
“Para mim, cada temporada é um novo desafio, eu encaro-as assim. Cada nova temporada é diferente e há que deixar para trás o passado. Obviamente, não se pode esquecer o presente, mas há que pensar no futuro: tenho mais anos, mas quanto melhor me correrem as coisas, melhor será o futuro. O meu ponto mais forte é a mente, é ter a ambição de querer ser sempre melhor”, explicou.
Ronaldo assegurou que não se arrepende de nada do que fez na temporada passada, nem mesmo de ter ido lesionado ao Mundial do Brasil.
“Poderia ter dito ao selecionador que não contasse comigo, podia ter ido de férias, sem preocupações, o que teria sido mais fácil para mim. Assim ninguém teria falado de mim. Mas gosto de encarar as coisas como são”, completou.
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