Cristiano Ronaldo, prestes a cumprir o jogo 1.000 de uma brilhante carreira profissional iniciada em 2002/03, está há mais de uma década no topo do futebol, numa ‘viagem’ em que teve sempre a seu ‘lado’ Lionel Messi.

Há mais de uma década que falar de um leva, quase obrigatoriamente, a falar do outro, a comparações, pois, desde há muito, que dominam individualmente o futebol, monopolizando todos os prémios e também todas as atenções.

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Ou é um, ou é outro, ou são os dois, e o resto, todos os outros craques, estão muito longe, tão longe que quando qualquer um tem a ‘ousadia’ de se tentar ‘intrometer’, logo estala a polémica, tal a superioridade que Ronaldo e Messi conquistaram.

O prémio mais ‘apetecido’, o de melhor do ano, escapou-lhes apenas uma vez nos últimos 12 anos, em 2018, com a vitória do croata Luka Modric, já desalojado do ‘trono’ por Lionel Messi, eleito pela FIFA o ‘The Best’ de 2018/19.

O argentino passou a contar mais um troféu de melhor do mundo do que Ronaldo, que ‘responde’ na Liga dos Campeões, prova em que foi sete vezes o melhor marcador, mais uma do que Messi, sendo que, desde a vitória de Kaká, em 2006/07, só Neymar se intrometeu entre os dois, igualando-os em 2014/15.

A ‘Bota de Ouro’, para o melhor marcador dos campeonatos europeus, é o troféu mais ‘democrático’, já que, em conjunto, os ‘capitães’ das seleções de Portugal e da Argentina ‘apenas’ arrebataram 10 dos derradeiros 12 troféus.

O feito de bater Ronaldo e Messi foi, curiosamente, de dois avançados uruguaios: Diego Forlán, então no Atlético de Madrid, foi o ‘Bota de Ouro’ em 2008/09 e Luís Suárez em 2015/16, no FC Barcelona, com a ajuda de Messi. Também igualou Ronaldo em 2013/14, ainda ao serviço do Liverpool.

Estes dados mostram, por si só, a supremacia dos dois ‘trintões’ sobre a concorrência, sendo que as suas proezas individuais também se traduziram, muitas vezes, em títulos coletivos – Ronaldo soma 26 e Messi já vai em 35.

O argentino leva vantagem em termos totais, mas o futebolista português conseguiu algo que o seu rival há muito procura, sem sucesso, um título pela sua seleção principal: Ronaldo ganhou o Europeu de 2016 e ainda a primeira edição da Liga das Nações.

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O português tem também mais uma vitória da Liga dos Campeões, a principal prova europeia de clubes, sendo que Messi também se pode orgulhar de, com a camisola ‘albi-celeste’, ter conseguido a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e o Mundial de sub-20.

Quanto a golos, ambos já ultrapassaram os 700, contando todos os encontros oficiais (excluídos os particulares de clubes) que fizeram como profissionais e nos seniores - incluindo seleções inferiores (olímpica, sub-21 e sub-20).

Apesar de ambos já terem ultrapassado os 30 anos, Ronaldo (soma 34) e Messi (32) ainda não parecem cansados de ganhar, de marcar e de continuar a encantar, de forma mais ou menos espaçada, pois também começam a sentir necessidade de se preservar.