
Rúben Amorim deu uma entrevista à UEFA onde abriu o jogo sobre as suas principais influências enquanto treinador e explicou como tentou transportar para o Sporting algumas das ideias que José Mourinho aplicou com sucesso no FC Porto.
O atual técnico do Manchester United confessou que a construção de uma equipa com jogadores do campeonato português foi inspirada no trabalho do Special One no início dos anos 2000.
“Muitas das coisas que fiz no Sporting, como contratar jogadores como Nuno Santos, Pote… eu estava a imitar o que Mourinho fez no FC Porto. Sou o tipo de pessoa que gosta de criar laços”, revelou Amorim, acrescentando que valoriza uma ligação próxima ao plantel, tal como o seu mentor: “Acho que consegues lidar melhor com grupos assim do que com distanciamento.”
O treinador português também detalhou outras influências no seu percurso, desde Jorge Jesus a Johan Cruyff, além de referências do futebol italiano. “Jogar com três defesas vem da filosofia de Cruyff, depois junto à ideia italiana de defender. É uma combinação de diferentes tipos de futebol”, explicou, reconhecendo que absorveu ideias de vários estilos para formar a sua própria identidade.
Sobre a forma como gere o grupo, Amorim sublinhou a importância da honestidade, mesmo que implique tomar decisões difíceis. “Posso ser amigo dos jogadores, mas se for preciso, tomarei decisões difíceis. Sei como manter as coisas separadas. Quando chega a hora de trabalhar, sou completamente diferente”, frisou, sublinhando que, num clube como o Manchester United, não há espaço para hesitações na liderança.
Na antevisão à final da Liga Europa frente ao Tottenham, o técnico fez ainda questão de elogiar Bruno Fernandes, capitão da equipa: “É um exemplo. Vemos a maneira como ele fala com os companheiros de equipa, às vezes é duro com eles, mas é uma forma de ajudá-los.” Amorim considera que vencer a Liga Europa poderá mudar a forma como é visto pelos adeptos dos red devils e recordou a final perdida pelo Benfica em 2014, reconhecendo que, em jogos decisivos, “ou se ganha, ou só resta tristeza”.
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