O Boca Juniors foi a primeira das finalistas da Taça Libertadores a treinar-se na Cidade do Futebol da Federação Espanhola de Futebol, nos arredores de Madrid, com Carlos Tevez a falar de "uma final um bocado bizarra".
Deslocalizada para o estádio Santiago Bernabeu, após uma sucessão de incidentes em Buenos Aires, a segunda mão da final vai disputar-se noutro continente, esperando-se que isso atenue consideravelmente a pressão da rivalidade entre River Plate e Boca Juniors.
Antiga estrela do Manchester United e do Manchester City, Tevez foi um dos que mais foi afetado com o gás pimenta utilizado no ataque ao autocarro do Boca Juniors, em Buenos Aires, no dia do jogo suspenso.
"É uma final um bocado bizarra. Enquanto jogador, penso que é importante continuarmos concentrados no jogo, porque jogar aqui uma final da Libertadores, um River-Boca em Madrid, é bizarro”, disse Tevez.
O avançado internacional argentino, de 34 anos, adiantou, porém, que “as sensações são boas” e que os jogadores do Boca estão “contentes” por estar em Madrid, bem como agradecidos ao povo espanhol pelo acolhimento.
O Boca Juniors chegou primeiro a Espanha e foi o primeiro a pisar o relvado de Las Rozas, palco habitual das concentrações da seleção espanhola.
Os pupilos de Guillermo Barrios Schelotto estiveram uma hora e meia a treinar, perante um 'mar' de jornalistas - estão mais de 150 acreditados, de 64 meios de comunicação, além de 45 câmaras e 30 repórteres fotográficos.
O treinador fez por não dar pistas sobre a equipa que vai apresentar domingo e inclusive testou todos os avançados de que dispõe, e que não deverão alinhar ao mesmo tempo.
Entre os que não deverão começar a titulares está Tevez - que particiou na equipa dos teóricos suplentes e até falhou um penálti - e o médio Fernando Gago, antigo jogador do Real Madrid.
O Boca Juniors volta a treinar-se na sexta-feira, dia em que Guillermo Barrios Schelotto vai falar à comunicação social.
A primeira 'mão' da final, no estádio La Bombonera, do Boca Juniors, terminou com um empate, 2-2. A segunda 'mão' esteve para ser jogada a 24 de novembro, no Monumental de Buenos Aires, mas foi adiado sem data por causa dos graves incidentes ocorridos, nomeadamente o ataque com gás pimenta ao autocarro visitante, que levou vários jogadores ao hospital.
Em caso de novo empate, independente no número de golos, o jogo segue para prolongamento e, se o mesmo se mantiver, para grandes penalidades, naquela que é a primeira final da Taça Libertadores entre duas equipas da Argentina.
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